Contribuições da psicologia ambiental para a manutenção da qualidade de vida nas cidades

Conteúdo do artigo principal

Camila Klein
Gilvana a Silva Machado
Patrícia Maria Schubert Peres
Ariane Kuhnen

Resumo

José sai de casa, caminha até o ponto de ônibus. Angústia. O congestionamento de trânsito atrasa sua chegada ao trabalho. Aperto no peito. José trabalha o dia todo – e trabalha muito. Intervalo na fábrica. Hora de dar uma caminhada no quarteirão e tentar relaxar. Toma seus remédios, come pouco. A paisagem é cinza. De nada lembra seus tempos de garoto brincando à beira do lago. Olha a cidade e o peito aperta de novo. José intui o porquê.” Ao pensar esta íntima relação das pessoas com o ambiente físico, recorremos à Psicologia Ambiental, cujos estudos privilegiam a concretude da experiência humana no espaço físico, porquanto parte da constatação de que estamos sempre imersos, situados em algum entorno que é, ao mesmo tempo, produto e produtor de nossos comportamentos, crenças, afetos. A presente proposta pretende discutir a Qualidade de Vida nas cidades, tendo como foco as Áreas Verdes Urbanas enquanto espaços promotores de saúde. A QV é uma composição de benefícios público-privados que envolve diferentes domínios da vida, como condição de moradia, educação, emprego, equilíbrio entre lazer e trabalho, e acesso a serviços públicos. Todos esses contextos são constituídos por configurações de espaço que influenciam as interações sociais e as atividades que neles realizamos. A qualidade dos espaços com natureza nos centros urbanos tem sido estudada como fator que estimula a atividade física, desperta senso de comunidade, favorece o descanso, diminui estresse e ansiedade e promove interação social –fatores que repercutem na saúde física e mental das pessoas.

Detalhes do artigo

Como Citar
KLEIN, Camila; MACHADO, Gilvana a Silva; PERES, Patrícia Maria Schubert; KUHNEN, Ariane. Contribuições da psicologia ambiental para a manutenção da qualidade de vida nas cidades. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental/Brazilian Journal of Mental Health, [S. l.], v. 8, n. 18, 2018. DOI: 10.5007/cbsm.v8i18.69658. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/cbsm/article/view/69658. Acesso em: 26 abr. 2024.
Seção
Resumos