Do mesmo barco, tecendo a rede Uma experiência sertaneja de matriciamento em saúde mental

Conteúdo do artigo principal

Anne Crystie da Silva Miranda
http://orcid.org/0000-0001-7445-5831
Ana Karla da Silva Freire
https://orcid.org/0000-0003-0338-9536
Minéia da Costa Figueiredo
https://orcid.org/0000-0003-4614-4184
Érika Vanêssa Soares Freire
https://orcid.org/0000-0002-7795-8378
Josicleia Oliveira de Souza
https://orcid.org/0000-0002-3987-7796
Marcelo Souza Oliveira
https://orcid.org/0000-0003-0967-8996

Resumo

Nosso relato compartilha uma experiência sertaneja de ser-fazer educação em Saúde Mental a partir do apoio matricial. Metodologicamente estruturado em cinco oficinas, que se ancoraram na Educação Popular em Saúde e na Educação Permanente como mecanismos técnico-políticos de transformação de saberes e práticas, o matriciamento que realizamos teve a nós, do lugar de residentes em Saúde Mental, como apoiadores e duas equipes de Saúde da Família como referência. A fim de refletir criticamente sobre o cuidado integral efetivo em Saúde Mental, os resultados e discussões de nosso trabalho são apresentados com o auxílio de depoimentos individuais (diários de campo) e coletivos (produção textual em forma de cordel), destacando o nosso olhar como matriciadores e a percepção dos profissionais matriciados acerca das oficinas de matriciamento. Aprendendo e ensinando sobre a função de matriciar, entre as temáticas (des)construídas estão: Educação Popular; Rede de Atenção Psicossocial e pressupostos histórico-políticos; ferramentas de cuidado; além da reflexão vivencial sobre o cuidado de si por meio da tecnologia da Tenda do Conto. A experiência permitiu tessituras acerca do (des)encontro com o inesperado; do desafio de transformar impotência em potência; da importância do cuidado de si para melhor cuidar do outro e da necessidade de ampliar os repertórios técnicos para que se amplie o cuidado. Consideramos o vivido exitoso na trilha pela consolidação da Reforma Psiquiátrica, do paradigma da Atenção Psicossocial e da Rede de Atenção Psicossocial.

Detalhes do artigo

Como Citar
MIRANDA, Anne Crystie da Silva; FREIRE, Ana Karla da Silva; FIGUEIREDO, Minéia da Costa; FREIRE, Érika Vanêssa Soares; DE SOUZA, Josicleia Oliveira; OLIVEIRA, Marcelo Souza. Do mesmo barco, tecendo a rede: Uma experiência sertaneja de matriciamento em saúde mental. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental/Brazilian Journal of Mental Health, [S. l.], v. 14, n. 40, p. 90–107, 2022. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/cbsm/article/view/69689. Acesso em: 18 abr. 2024.
Seção
Artigos originais
Biografia do Autor

Anne Crystie da Silva Miranda, Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF); Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Graduada em Psicologia em Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF). Especialista em Saúde Mental pela UNIVASF. Mestranda do Programa de Pós-graduação em Psicologia (PPGPSI) da UNIVASF. Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Especializanda em Saúde Coletiva pelo Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Ana Karla da Silva Freire, Universidade de Pernambuco (UPE); Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

Graduada em Enfermagem pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF). Especialista em Enfermagem do Trabalho pelo Centro Universitário Internacional (UNINTER). Especialista em Saúde Mental pela UNIVASF. Mestranda do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) da Universidade de Pernambuco (UPE). Enfermeira da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

Minéia da Costa Figueiredo, Prefeitura Municipal de Buriti/PI.

Graduada em Enfermagem pela Universidade Regional do Cariri (URCA). Especialista em Saúde Mental pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF). Especialista em Saúde da Família pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Enfermeira da Estratégia Saúde da Família (ESF) do município de Buriti/PI.

Érika Vanêssa Soares Freire, Universidade de Pernambuco (UPE); Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF SERTÃO-PE).

Graduada em Psicologia pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF). Especialista em Saúde da Família pela UNIVASF. Mestranda do Programa de Pós-graduação para Formação de Professores e Práticas Interdisciplinares (PPGFPPI) da Universidade de Pernambuco (UPE). Psicóloga do Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF SERTÃO-PE).

Josicleia Oliveira de Souza, Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Prefeitura Municipal de Juazeiro/BA. Faculdade Estácio de Juazeiro.

Graduada em Psicologia pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF). Especialista em Saúde Mental pela UNIVASF. Mestranda do Mestrado Profissional em Saúde Coletiva do Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Psicóloga do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras drogas III (CAPS AD III) do município de Juazeiro/BA. Docente do Colegiado de Medicina da Faculdade Estácio de Juazeiro.

Marcelo Souza Oliveira, Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF).

Graduado em Psicologia pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Especialista em Saúde Mental pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF). Residente em Saúde da Família e Vigilância em Saúde da UNIVASF.