O lugar da criação: potência, insubmissão e resistência na arte de G.Comini
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Resumo
O trabalho “A vida é uma colagem” do artista plástico colagista G. Comini perfaz um processo de criação que resgata a condição expressiva e de concentração do artista acometido de uma grave depressão. A potência de suas imagens e do texto que as acompanha permite uma reflexão acerca do lugar da arte como criação singular, potente, insubmissa e de resistência, meio às pressões atuais que forçam a uma padronização de modos de vida. Rememora-se o lugar da arte na saúde mental e de como a mesma transcende a racionalidade científica, a mesma que sujeita o humano em sofrimento a nomenclaturas diagnósticas. O processo saúde-doença é entendido assim como uma experiência singular e a cura como um reestabelecimento da normatividade própria do sujeito. A arte neste processo é inerente à própria condição humana de cocriar o mundo na descoberta e encontro com o mesmo, sendo este humano capaz de expressar uma existência real, ou seja, que se realiza na experiência. G. Comini assim como outros estudiosos da arte, compreendem que qualquer pessoa pode fazer arte. A colagem devido sua simplicidade pode ser um recurso de fácil manuseio com grandes potencialidades expressivas e para Comini a medida em que foi desenvolvendo sua própria colagem integrou sua vida e o caos respectivo em vários tempos, como ele mesmo diz “presente, passado e futuro”.
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