Minha Trajetória
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Resumo
A memória da minha infância é muito parecida com a visita que em algum momento fazemos àquelas casas de espelhos, onde reina a distorção das imagens. Tudo era além da medida. Sofrimento atroz pela dor dos outros, pelos meus próprios medos de quase tudo e quase todos. Andar pela rua de uma cidade de interior, com os cachorros correndo em volta, me fazia suar, ter que encostar na parede para me sentir protegida. Insetos viravam monstros a me atacarem. Sentávamos entre amigos na chácara onde passávamos férias. Muitos “causos” ao pé do fogão de lenha. E eu sem prestar atenção, cuidando das mariposas que eram atraídas pela luz do lampião, ou dos besouros. Timidez e vergonha para verbalizar isto e ser a chacota da casa, a “manteiga derretida” da família.
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