“No soy una víctima… soy una sobreviviente” Redes de apoyo y procesos de Recuperción participativos en mujeres afrodescendientes desplazadas por el conflito armado colombiano

Resumo

Este artigo apresenta os resultados de uma investigação cujo objetivo foi descrever o papel que as redes comunitárias desempenham nos processos de recuperação da Saúde Mental e na ressignificação da Cidadania, de um grupo de mulheres Afrocolombianas vítimas de deslocamento forçado como resultado do conflito armado Colombiano e membros da Organização Comunitária La Comadre (Coletivo de Mulheres da Associação Nacional de Afro-Colombianos Deslocados (AFRODES)). Método: Foi desenvolvida uma investigação com abordagem qualitativa e desenho narrativo do tópico. Duas técnicas foram aplicadas para coletar nas informações: entrevistas e observação participante; A primeira foi realizada com seis mulheres, enquanto a segunda ocorreu durante 4 participações em reuniões coletivas às quais os pesquisadores tiveram acesso e em que grupos de 30 a 50 mulheres participaram. Para as entrevistas, foi realizada uma análise categórica com base nos procedimentos de codificação teórica; enquanto a observação participante foi implementada como uma técnica complementar para triangular e aprofundar as categorias encontradas com a primeira. Resultados: foram identificadas duas categorias axiais associadas ao papel desempenhado pela Rede 1. raízes no território com base na preservação da ancestralidade e 2. identificação como sujeitos de reparação coletiva e uma categoria seletiva relacionada com passagem da vítima ao sobrevivente. A discussão se concentra em dois elementos: por um lado, reconhecer a importância das redes participativas de recuperação e processos participativos baseados na ancestralidade como motores essenciais dos processos de recuperação e, por outro lado, propor a categoria interseccionalidade como um elemento central para entender a situação das mulheres afro-colombianas no contexto da situação sociopolítica colombiana. O texto termina destacando a importância de considerar os elementos anteriores nos processos de intervenção e reparação psicossociais direcionados a essa população, principalmente os desenvolvidos por profissionais da disciplina psicológica.