O Trabalho no século XXI e sua relação com o agravo à saúde dos trabalhadores

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Marina Coutinho de Carvalho Pereira

Resumo

A presente comunicação objetiva abordar acerca dos riscos à saúde relacionados ao trabalho e ambiente de trabalho diante da configuração do mundo do trabalho no século XXI. As mudanças operadas a partir da introdução de novas formas de organização e exploração da força de trabalho tem impactos desastrosos para os trabalhadores, tais como: intensificação do trabalho, aumento da jornada de trabalho, empregos temporários, subempregos, terceirização, polivalência etc., enfim, havendo a flexibilização e precarização das relações e dos contratos de trabalho e impactos nas legislações sociais (perda de direitos sociais, redução da proteção social, políticas focalizadas). Portanto, a realidade perversa em que o trabalhador está submetido se expressa em condições de trabalho extenuantes e que levam à sua degradação física e mental, resultando em adoecimento, agravamento de lesões, acidentes e mutilação; assédio moral e aumento na quantidade de transtornos mentais. Os trabalhadores tem exercido atividades laborais mesmo adoecidos/acidentados, fato este que tem sido denominado como presenteísmo. Vivem sob a égide do medo do desemprego. O afastamento do trabalho é tido como sinônimo de diminuição da produção e, consequentemente, dos salários e, para além disso, um risco e possibilidade concreta para o “trabalhador problema” ser demitido, apesar de ser um “momento de alívio” às dores ocasionadas na execução das atividades laborais. Desse modo, essa situação gerada não pode ser descolada das relações de trabalho e dos processos que a produzem. A resposta do Estado diante da contradição entre trabalho-saúde tem sido mediante políticas que compõem a Seguridade Social (saúde, assistência social, previdência).

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Como Citar
PEREIRA, Marina Coutinho de Carvalho. O Trabalho no século XXI e sua relação com o agravo à saúde dos trabalhadores. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental/Brazilian Journal of Mental Health, [S. l.], v. 6, n. 13, p. 160, 2014. DOI: 10.5007/cbsm.v6i13.68948. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/cbsm/article/view/68948. Acesso em: 19 abr. 2024.
Seção
Resumos