Análise da aderência do disclosure da gestão de riscos pelas instituições financeiras à circular Bacen 3.477
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8069.2013v10n21p137Resumo
Banco Central do Brasil publicou a Circular n. 3.477/09 que dispõe sobre a obrigatoriedade da divulgação de informações referentes à gestão de riscos, ao Patrimônio de Referência Exigido e ao Patrimônio de Referência. Este estudo verifica o nível de divulgação dessas informações pelas instituições financeiras, à luz das diretrizes da Circular ora citada. Os resultados demonstram que somente 49,5% das instituições divulgaram as informações no formato requerido pela norma. O tamanho, o nível de exposição a derivativos e o índice de alavancagem foram as variáveis que apresentaram relação estatística significativa, com uma relação negativa para esta última variável.
Referências
ALVES, C. A. M. A Divulgação do Risco Operacional segundo Recomendações do Comitê da Basileia: Estudo Em Bancos com Carteira Comercial no Brasil. 2005. Dissertação (Mestrado em Administração) - Centro de Pesquisa e Pós-Graduação em Administração, Departamento de Administração da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2005.
ALVES, C. A. M.; ALVES, N. T. H. Análise do Nível de Divulgação da Governança Corporativa Segundo Recomendações do Comitê da Basileia: Um Estudo em Bancos Privados e Públicos Brasileiros. Revista Universo Contábil, v. 5, n. 1, p. 06-21, jan./mar. 2009.
ANDRADE, L. F. F. de; NIYAMA, J. K.; SANTANA, C. M. Nível de “Disclosure” Sobre Riscos de Mercado e Operacional: Uma análise comparativa dos vinte maiores bancos brasileiros. In: CONGRESSO USP DE CONTROLADORIA E CONTABILIDADE, 9, 2009, São Paulo. Anais... São Paulo: Congresso USP, 2009.
BANCO CENTRAL DO BRASIL. 50 maiores bancos e o consolidado do sistema financeiro nacional.
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Resolução 3.380, de 29 de junho de 2006. Dispõe sobre a implementação de estrutura de gerenciamento do risco operacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 29 jun. 2006.
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Resolução 3.464, de 26 de junho de 2007. Dispõe sobre a implementação de estrutura de gerenciamento do risco de mercado. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 26 jun. 2007.
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Resolução 3.721, de 30 de abril de 2009. Dispõe sobre a implementação de estrutura de gerenciamento do risco de crédito. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 30 abr. 2009.
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Circular 3.477, de 30 de abril de 2009. Dispõe sobre a divulgação de informações referentes à gestão de riscos, ao Patrimônio de Referência Exigido (PRE), de que trata a Resolução n. 3.490, de 29 de agosto de 2007, e à adequação do Patrimônio de Referência (PR), de que trata a Resolução n. 3.444, de 28 de fevereiro de 2007.
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Manual de Supervisão Bancária. Disponível em: <https://www3.bcb.gov.br/gmn/visualizacao/listarDocumentosManualPublico.do?method=listarDocumentosManualPublico&idManual=1>. Acesso em: 20 abr. 2013
BARROSO, M. O.; LUSTOSA, P. R. B.; MORAES, M. C. Disclosure de risco operacional em bancos no Brasil: evidências preliminares à luz do Novo Acordo da Basileia . In: CONGRESSO USP DE CONTROLADORIA E CONTABILIDADE, 4, 2004, São Paulo. Anais. São Paulo: Congresso USP, 2004.
BARTH, J.; CAPRIO, G.; AND LEVINE, R. Bank Regulation and Supervision: What Works Best? Univ. of Minnesota, Carlson School of Management; World Bank Policy Research Working Paper n. 2725. 2001. Disponível em: <http://ssrn.com/abstract=269488 or http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.269488>. Acesso em: 01 mar.2013.
BASEL COMMITTEE ON BANKING SUPERVISION (BCBS). International Convergence of Capital Measurement and Capital Standards. BIS, 1988.
BASEL COMMITTEE ON BANKING SUPERVISION (BCBS). A New Capital Adequacy Framework: Pillar 3 Market Discipline. BIS, 2000.
BASEL COMMITTEE ON BANKING SUPERVISION (BCBS). Working Paper on Pillar 3 – Marketing Discipline. BIS, 2001.
BASEL COMMITTEE ON BANKING SUPERVISION (BCBS). International Convergence of Capital Measurement and Capital Standards: A Revised Framework. Comprehensive Version. Basel: BIS, 2006.
BASEL COMMITTEE ON BANKING SUPERVISION (BCBS). Public Disclosures by Banks: Results of the 1999 Disclosure Survey. Basel: BIS, 2001a, 2002 e 2003a.
BERNSTEIN, P. Desafio aos Deuses – A Fascinante História do Risco, Ed. Campus, 1997.
BEYER, A.; COHEN, D. A.; LYZ, T. Z.; WALTHER, B. R.; The Financial Reporting environment: Review of the recent literature? Journal of Accounting Economics. V. 50, n. 2-3, p. 296-343, 2010.
BUSHMAN, R.; PIOTROSKI, J.; SMITH, A. What determines corporate transparency? Working Paper. University of Chicago, 2001.
CANNATA, F.; QUAGLIARIELLO, M. The Role of Basel II in the Subprime Financial Crisis: Guilty or Not Guilty? CAREFIN Research Paper n. 3/09. Available at SSRN: <http://ssrn.com/abstract=1330417>. Acesso em: 14 jan. 2009.
CHEROBIM, A. P. M. S.; ALVES, C. A. M. Investigação Sobre Evidenciação do Risco Operacional: Estudo Multicaso em Instituições Financeiras Brasileiras. Revista de Administração e Contabilidade da Unisinos. V. 3, n. 2, p. 124-138, 2006.
COSTA, Fábio Moraes da; GOLDNER Fábio; GALDI, Fernando Caio. Análise dos Fatores que Influenciam no Disclosure dos Maiores Bancos Brasileiros. In: CONGRESSO USP DE CONTROLADORIA E CONTABILIDADE, 7, 2007, São Paulo. Anais... São Paulo: Congresso USP, 2007.
CRESWELL, J. W. Projeto de Pesquisa: método qualitativo, quantitativo e misto. Porto Alegre: Artmed, 2007.
CRUZ, C. V. O.; LIMA, G. A. S. F. de. Reputação Corporativa e Nível de Disclosure das Empresas de Capital Aberto no Brasil. Revista Universo Contábil. V. 6, n. 1, p. 85-101, jan./mar. 2010.
DANTAS, José Alves; ZENDERSKY, Humberto Carlos; SANTOS, Sérgio Carlos dos; NIYAMA, Jorge Katsumi. A Dualidade entre os Benefícios do Disclosure e a Relutância das Organizações em aumentar o Grau de Evidenciação. E & G Economia e Gestão. Belo Horizonte, v. 5, n. 11, p. 56-76, dez 2005.
DANTAS, José Alves; RODRIGUES, Fernanda Fernandes; RODRIGUES, Jomar Miranda; CAPELLETTO, Lucio Rodrigues. Determinantes do grau de evidenciação de risco de crédito pelos bancos brasileiros. Revista Contabilidade e Finanças. V. 21, n. 52, São Paulo, 2010.
DI BENEDITO, E. A.; SILVA, R. N. Análise do nível de transparência das IF no Brasil em Relação ao Novo Acordo de Capitais (Basileia II). ENANPAD, 31, 2007, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, 2007.
DOORNIK, B. F. N. V.; SILVA, E. B. da; CAPELLETTO, L. R.; LHAMAS, R. C. G. Transparência das demonstrações contábeis após o acordo de Basileia 2: um estudo temporal dos 10 maiores bancos do país. ENANPAD, 31, 2007, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, 2007.
DUARTE JÚNIOR, A. M; VARGA, Gyorgy (Organizadores). Gestão de Riscos no Brasil. Rio de Janeiro: Financial Consultoria, 2003.
GOULART, André M. Cintra; CARVALHO, L. Nelson. Evidenciação Contábil do Risco de Mercado por IF no Brasil. UNB Contábil. V. 7, n. 1, Brasília, 2004.
GUJARATI, Damodar N. Econometria Básica. São Paulo, 2000.
LANZANA, Ana Paula; SILVEIRA, Alexandre Di Miceli da; FAMÁ, Rubens. Existe Relação entre Disclosure e Governança Corporativa no Brasil? ENANPAD, 30, 2006, Salvador. Anais... Salvador: ANPAD, 2006.
PEPPE, Márcio Serpejante. O novo acordo da Basileia. São Paulo: BDO Trevisan, 2006.
PEREIRA, José Matias. Gestão do Risco Operacional: Uma avaliação do novo acordo de capitais – Basileia II. Revista Contemporânea de Contabilidade. V. 1, n. 6, 2006.
LEUZ, C.; WYSOCKI, P. Economic Consequences of Financial Reporting and Disclosure Regulation: What have we Learned? Working Paper. SSRN. 2008.
WOOLDRIDGE, Jeffrey M. Introdução à Econometria: Uma abordagem Moderna. São Paulo, 2006.
XAVIER, P. H. M. Transparência das Demonstrações Contábeis dos Bancos no Brasil: Estudo de Caso sob a Perspectiva do Acordo “Basileia 2”. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis) - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os Direitos Autorais para artigos publicados neste periódico são do autor, com direitos de primeira publicação para a Revista. Em virtude de aparecerem nesta Revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais, de exercício profissional e para gestão pública. A Revista adotou a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional - CC BY NC ND. Esta licença permite acessar, baixar (download), copiar, imprimir, compartilhar, reutilizar e distribuir os artigos desde que com a citação da fonte, atribuindo os devidos créditos de autoria. Nesses casos, nenhuma permissão é necessária por parte dos autores ou dos editores. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou um capítulo de livro).
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.