Volatilidade do fluxo de caixa e da disponibilidade de caixa na estrutura de capital de empresas industriais brasileiras

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8069.2021.e78069

Resumo

Este estudo tem por objetivo verificar o efeito da volatilidade do fluxo de caixa e da volatilidade da disponibilidade de caixa na estrutura de capital de empresas industriais brasileiras. Desenvolveu-se pesquisa descritiva, documental e quantitativa. A amostra abrangeu 77 empresas industriais brasileiras listadas na Brasil, Bolsa, Balcão (B3), com dados de 2014 a 2018 e que geraram, ao todo, 385 observações. As informações econômico-financeiras foram extraídas da base Economática®. Os resultados apontam que empresas com maior Volatilidade do Fluxo de Caixa (VFC) e maior Volatilidade da Disponibilidade de Caixa (VDC) apresentam patamares de endividamento superiores, sendo estas também mais extensivas no curto prazo. Ademais, como diferencial metodológico, observou-se que quando a Volatilidade do Fluxo de Caixa deriva de tendência positiva, conforme crescimento dos fluxos gerados nos últimos períodos, credores tendem a observar isto de forma favorável e ceder mais recursos a empresas nestas condições, inclusive com maior prazo para pagamento

Biografia do Autor

Edgar Pamplona, Uninersidade Federal do mato Grosso do Sul (UFMS)

Doutor em Ciências Contábeis e Administração (FURB)

Professor do Departamento de Ciências Contábeis, Campus de Três Lagoas (UFMS)

Cristiane Canton, Universidade Regional de Blumenau (FURB)

Mestra em Ciências Contábeis (FURB)

Tarcísio Pedro da Silva, Universidade Regional de Blumenau (FURB)

Doutor em Ciências Contábeis e Administração (FURB)

Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (FURB)

Moacir Manoel Rodrigues Junior, Universidade Regional de Blumenau (FURB)

Doutor em Métodos Numéricos em Engenharia (UFPR) 

Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (FURB)

Referências

Arslan, Ö., & Karan, M. B. (2006). Ownership and control structure as determinants of corporate debt maturity: a panel study of an emerging market. Corporate Governance, 14(4), 312-324. https://doi.org/10.1111/j.1467-8683.2006.00509.x

Baker, M., & Wurgler, J. (2002). Market timing and capital structure. The Journal of Finance, 57(1), 1-32. https://doi.org/10.1111/1540-6261.00414

Bates, T. W., Kahle, K. M., & Stulz, R. M. (2009). Why do U.S. firms hold so much more cash than they used to? The Journal of Finance, 64(5), 1985-2021. https://doi.org/10.1111/j.1540-6261.2009.01492.x

Benachenhou, A. (2013). Países emergentes (1. ed.). Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG).

Bhardwaj, A. (2018). Financial leverage and firm’s value: A study of capital structure of selected manufacturing sector firms in India. Tese de Doutorado, National Institute of Technology, Kurukshetra, Haryana, India.

Cai, K., Fairchild, R., & Guney, Y. (2008). Debt maturity structure of chinese companies. Pacific-Basin Finance Journal, 16(3), 268-297. https://doi.org/10.1016/j.pacfin.2007.06.001

Chong, B-Uk., & Kim, H. (2018). Capital structure volatility, financial vulnerability, and stock returns: Evidence from korean firms. Finance Research Letters, 30(1), 318-326. https://doi.org/10.1016/j.frl.2018.10.019

Couto, B. R. G. M., Oliveira, J. G. N. de, Torres, O. A., & Morais, R. C. de. (2015). Estatística e probabilidades (1. ed.). Belo Horizonte: Grupo Ãnima Educação.

Dang, V. A., Kim, M., & Shin, Y. (2012). Asymmetric capital structure adjustments: New evidence from dynamic panel threshold models. Journal of Empirical Finance, 19(4), 465-482. https://doi.org/10.1016/j.jempfin.2012.04.004

Dangl, T., & Zechner, J. (2016). Debt maturity and the dynamics of leverage. Center for Financial Studies (CFS) Working Paper Series n° 547, Frankfurt, Germany.

Fávero, L. P., Belfiore, P., Silva, F. L., & Chan, B. L. (2009). Análise de Dados: Modelagem Multivariada para Tomada de Decisões (2. ed.). Rio de Janeiro: Elsevier.

Ferreira, M. A., & Vilela, A. S. (2004). Why do firms hold cash? Evidence from EMU countries. European Financial Management, 10(2), 295-319. https://doi.org/10.1111/j.1354-7798.2004.00251.x

Freund, J. E., & Simon, G. A. (2000). Estatística aplicada: Economia, administração e contabilidade (9. ed.). Porto Alegre: Bookman.

Keefe, M. O’C., & Yaghoubi, M. (2016). The influence of cash flow volatility on capital structure and de use of debt of different maturities. Journal of Corporate Finance, 38(1), 18-36. https://doi.org/10.1016/j.jcorpfin.2016.03.001

Leland, H. E., & Toft, K. B. (1996). Optimal capital structure, endogenous bankruptcy, and the term structure of credit spreads. The Journal of Finance, 51(3), 987-1018. https://doi.org/10.1111/j.1540-6261.1996.tb02714.x

Martins, R. K. B., & Vasconcelos, L. N. C. de. (2020). Volatilidade dos fluxos de caixa e a estrutura de capital das empresas abertas brasileiras. Sociedade, Contabilidade e Gestão, 15(3), 1-21.

Memon, Z., Chen, Y., Tauni, M. Z., & Ali, H. (2018). The impact of cash flow volatility on firm leverage and debt maturity structure: Evidence from China. China Finance Review International, 8(1), 69-81. https://doi.org/10.1108/CFRI-06-2017-0106

Miltersen, K. R., & Torous, W. N. (2008). Risky corporate debt with finite maturity. SSRN Electronic Journal, 1-46. https://doi.org/10.2139/ssrn.1315366

Modigliani, F., & Miller, M. H. (1958). The cost of capital, corporation finance and the theory of investment. The American Economic Review, 53(3), p. 261-297.

Modigliani, F., & Miller, M. H. (1963). Corporate income taxes and the cost of capital: a correction. The American Economic Review, 53(3), p. 433-443.

Mouton, M., & Smith, N. (2016). Company determinants of capital structure on the JSE Ltd and the influence of the 2008 financial crisis. Journal of Economic and Financial Sciences, 9(3), 789-806. https://doi.org/10.4102/jef.v9i3.71

Muritala, T. A. (2012). An empirical analysis of capital structure on firms’ performance in Nigeria. International Journal of Advances in Management and Economics, 1(5), 116-124.

Myers, S. C. (1984). The capital structure puzzle. The Journal of Finance, 39(3), 575-592. https://doi.org/10.3386/w1393

Serrasqueiro, Z., & Caetano, A. (2015). Trade-off theory versus pecking order theory: Capital structure decisions in a peripheral region of Portugal. Journal of Business Economics and Management, 16(2), 445-466. https://doi.org/10.3846/16111699.2012.744344

Tripathy, N., & Asija, A. (2017). The impact of financial crisis on the determinants of capital structure of listed firms in India. J. of International Business and Economy, 18(1), 101-121.

Veirman, E. de, & Levin, A. (2018). Cyclical changes in firm volatility. Journal of Money, Credit and Baking, 50(2-3), 317-349. https://doi.org/10.1111/jmcb.12462

Yaghoubi, M. (2017). Three essays on capital structure. Tese de Doutorado, Victoria University, Welligton, Australia.

Publicado

2021-12-15

Como Citar

Pamplona, E., Canton, C., Silva, T. P. da, & Rodrigues Junior, M. M. (2021). Volatilidade do fluxo de caixa e da disponibilidade de caixa na estrutura de capital de empresas industriais brasileiras. Revista Contemporânea De Contabilidade, 18(49), 56–72. https://doi.org/10.5007/2175-8069.2021.e78069

Edição

Seção

Artigos