Características dos processos inovativos do setor industrial do Brasil e da região sul - 2006-2014: análise sob perspectiva teórica neoschumpeteriana
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8085.2019v22n1p32Resumo
Este trabalho tem por objetivo apresentar as características dos processos inovativos empreendidos pelas empresas das indústrias extrativas e de transformação do Brasil e dos estados da região sul - Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Recorre-se aos dados fornecidos pela Pesquisa de Inovação Tecnológica (PINTEC) referentes aos triênios de 2006-2008, 2009-2011 e 2012-2014.Os principais resultados obtidos foram: aquisição de máquinas e equipamentos como atividade inovativa predominante;reduzido esforço em atividade interna de pesquisa e desenvolvimento (P&D); clientes ou consumidores, redes informatizadas e fornecedores listados como principais fontes de informação; clientes ou consumidores e fornecedores apontados como relevantes em atividades de cooperação; reduzidas relações interativas com universidades e institutos de pesquisa e melhoria na qualidade dos produtos e manutenção da participação da empresa no mercado arrolados como principais benefícios obtidos pelo envolvimento em atividades inovativas.
Referências
AUGUSTO, C. A. Estruturas de governança no setor automotivo no Estado do Paraná:
implicações sob a consideração dos custos de transação, custos de mensuração e recursos
estratégicos. Tese de Doutorado em Administração, PPGA/UFSC, 2015.
AVELLAR, A. P. M.; BITTENCOURT, P. F. “Política de inovação: instrumentos e
avaliação”. In: RAPINI, M. S. et al (org.) Economia da ciência, tecnologia e inovação –
fundamentos teóricos e a economia global. p. 571-622. Curitiba: Prismas, 2017.
BELL, M; PAVITT, K. “Technological acumulation and Industrial Growth: contrasts
between developed and developing countries”. Oxford University Press, 1993.
DEMO, P. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: ATLAS, 2000.
DOSI, G. “Source, Procedures, and Microeconomic Effects of Innovation”. Journal of
Economic Literature, v. 26, pp. 1120-71. 1988.
DOSI, G. “Tendências da Inovação e seus Determinantes: os Ingrediente do processo
Inovador”. In: DOSI, G. Mudança Técnica e transformação Industrial: a Teoria e uma aplicação
à indústria dos semi-condutores. Clássicos da Inovação, Unicamp. 2006.
FIGUEIREDO, P. N. “Learning, capability accumulation and firms diferences: evidence form
latecomer steel”. Industrial and Corporate Change, v. 12, n.3, 2003.
FIGUEIREDO, P. N. “Aprendizagem tecnológica e inovação industrial em economias
emergentes: uma breve contribuição para o desenho e implementação de estudos empíricos e
estratégias no Brasil”. Revista Brasileira de Inovação, v. 3, n. 2, 2004.
FIGUEIREDO, P. N. “Evolution of the shot-fiber technological trajectory in Brazil pulp and
paper industry: the role of firm-level innovative capabilty-building and indigenous institutions”.
Forest Policy and Economics, 64, 2016.
IBGE. Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica (PINTEC), 2008, 2011 e 2014
(Disponível em https://www.ibge.gov.br/).
KIM, L. “Building capability for industrialization: analytical frameworks and Korea’s
experience”. Industrial and Corporate Change, v.8, n.1, 1999.
LALL, S.: PIETROBELLI, C. “National Technology Systems in Sub-Saharan Africa”. Int. J.
Technology and Globalisation, v. 1, Nos. 3/4, p. 311-342, 2005.
LEE, Y. S. “The Sustainability of University-Industry Research Collaboration: An Empirical
Assessment”. The Journal of Technology Transfer, Kluwer Academic Publishers, v. 25, n. 2, p.
–133, 2000.
LIFSCHITZ, J., BRITO, J. N. P. Texto para discussão “Inovação tecnológica, padrões de
difusão e diversificação: uma resenha da literatura”. Rio de Janeiro: UFRJ/IEI, p. 63, 1992.
LUNDVALL, B. A; JOHNSON, B. “The learning economy”. Journal of Industry Studies, v.
, n. 2, 1994.
LUNDVALL, B. Å. “National innovation systems – analytical concept and development
tool”. Industry and Innovation. 14 (1), p. 95-119. 2005.
LUNDVALL, B. A. “One knowledge base or many knowledge pools? Danish Research Unit
for Industrial Dynamics”. DRUID Working paper, n. 06-08, 2006.
LUNDVALL, B. A. “The Learning economy and the economics of hope”. Anthem Press,
MALERBA, F. “Learning by firms and incremental technical change”. The Economic
Journal, v. 102, n. 143, p. 845-859. 1992.
NELSON, R. R; NELSON, K. “Technology, institutions, and innovation systems”. Research
Policy, 31, p. 265-272. NH Elsevier. 2002.
ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT - OECD.
The knowledge-based Economy. Paris, 1996.
ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT - OECD.
National innovation systems. Paris, 1997.
MAZZUCATTO, M. O estado empreendedor – desmascarando o mito do setor público vs.
setor privado. São Paulo: Portfolio-Penguin, 2014.
PERKMANN, M.; WALSH, K. “University–industry relationships and open innovation:
Towards a research agenda”. International Journal of Management Reviews, Wiley/Blackwell, v.
, n. 4, p. 259–280, 2007.
POSSAS, M. L. “Economia evolucionária neo-schumpeteriana: elementos para uma
integração micro-macrodinâmica”. Estudos Avançados, v. 22, n. 63. São Paulo, 2008.
SCHUMPETER, J. Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros,
capital, crédito, juro e o ciclo econômico. São Paulo: Nova Cultural, 1982, 1988.
TEECE, D. J. “Capturing value form knowledge assets: the new economy, markets for know-
how, and intangible assets”. California Management Review, v. 40, n.3, 1998.
TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em
educação. São Paulo: ATLAS, 2007.
VIOTTI, E. B. “National learning systems: a new approach on technological change in late
industrializing economies and evidences from the cases of Brazil and South Korea”.
Technological Forecasting and Social Change, 69. 2002.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os Direitos Autorais para artigos publicados neste periódico são do autor. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais, de exercício profissional e para gestão pública. A Revista adotou a licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. Esta licença permite acessar, baixar (download), compartilhar o conteúdo dos artigos desde que citada a fonte, atribuindo os devidos créditos de autoria.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.