Impactos da Emenda Constitucional nº 95/2016 sobre a saúde, crescimento econômico e bem-estar

Autores

  • Francisco Assuero Monteiro Saraiva Universidade Federal do Ceará
  • Arley Rodrigues Bezerra Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Ricardo Antônio de Castro Pereira Universidade Federal do Ceará
  • David Newton dos Santos Macedo Universidade Federal do Ceará
  • José Weligton Félix Gomes Universidade Federal do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8085.2023.e92997%20

Palavras-chave:

Saúde, Bem-estar, Crescimento Econômico, Dívida Pública, Emenda Constitucional nº 95/2016

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo verificar os efeitos de crescimento e bem-estar gerados pelo Novo Regime Fiscal em diferentes trajetórias para as despesas públicas em saúde e níveis de valoração dos serviços públicos. Para isto, foi construído um modelo de equilíbrio geral que incorpora o endividamento público, os impactos do nível de saúde sobre a produção e o papel das despesas públicas e privadas no nível de saúde. No cenário em que as pessoas valoram menos a oferta de serviços públicos, maiores ganhos de bem-estar são associados com reformas de maior restrição nas despesas públicas em saúde e maior período de vigência de cada reforma. Para o cenário que a população apresenta maior valoração dos serviços públicos são observadas reduções no nível de bem-estar, estas têm maior intensidade conforme a restrição nas despesas públicas em saúde e maiores períodos de vigência em cada reforma.

Biografia do Autor

Francisco Assuero Monteiro Saraiva, Universidade Federal do Ceará

Doutorando em Economia – CAEN/UFC.

Ricardo Antônio de Castro Pereira, Universidade Federal do Ceará

Curso de Pós-graduação em Economia (CAEN). Universidade Federal do Ceará (UFC) e Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE).

David Newton dos Santos Macedo, Universidade Federal do Ceará

Mestre em Economia de Empresas (CAEN/UFC).

José Weligton Félix Gomes, Universidade Federal do Ceará

Universidade Federal do Ceará – Campus Sobral. Pesquisador do Curso de Pós-Graduação em Economia (CAEN) e Observatório do Federalismo Brasileiro/SEPLAG/FUNCAP.

Referências

ACEMOGLU, D.; JOHNSON, S.; ROBINSON, J. Disease and development in historical perspective. Journal of the European Economic Association, v. 1, n. 2-3, p. 397-405, 2003

BACEN - BANCO CENTRAL DO BRASIL. Sistema Gerenciador de Séries Temporais. Brasília. Disponível em: https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/ localizarSeries.do?method=prepararTelaLocalizarSeries. Acesso em: 3 nov. 2020.

BARRO, R. J. Output effects of government purchases. Journal of political Economy. v. 89, p. 1086-1121,1981.

BEZERRA, A. R.; PEREIRA, R. A. C.; CAMPOS, F. d. A. O.; CALLADO, M. d. C. Efeitos de crescimento e bem-estar da recomposição dos investimentos públicos no Brasil.

Pesquisa e Planejamento Econômico (Rio de Janeiro). v. 44, p. 579-607, 2014.

BLOOM, D.; CANNING, D. Health as human capital and its impact on economic performance. The Geneva Papers on Risk and Insurance, v. 28, n. 2, p. 304-315, 2003.

BLOOM, D. E.; KUHN, M.; PRETTNER, K. Health and Economic Growth. IZA Discussion Paper No. 11939. 2018.

BRASIL. Emenda Constitucional nº 85, de 26 de fevereiro de 2015. Altera e adiciona dispositivos na Constituição Federal para atualizar o tratamento das atividades de ciência, tecnologia e inovação. Brasília, DF, 2014. Disponível em: http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc85.htm. Acesso em: 5 dez 2020.

BRASIL. Emenda Constitucional nº 95, de 15 de dezembro de 2016. Altera o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para instituir o Novo Regime Fiscal, e dá outras providências. Brasília, DF, 2016. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc95.htm. Acesso em: 15 abr 2020.

BRASIL. Lei nº 11.033, de 21 de dezembro de 2004. Altera a tributação do mercado financeiro e de capitais; e dá outras providências. Brasília, DF, 2004. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l11033.htm. Acesso em: 5 dez 2020.

BRASIL. RECEITA FEDERAL. Carga Tributária no Brasil 2016: análise por tributo e bases de incidência. Brasília: Secretaria da Receita Federal do Brasil. 2017.

CAMPOS, F. d. A. O.; PEREIRA, R. A. C. Corrupção e ineficiência no Brasil: Uma análise de equilíbrio geral. Estudos Econômicos (São Paulo). v. 46, 373-408, 2016.

COOLEY, T. F.; HANSEN, G. Tax distortions in a neoclassical monetary economy. Journal of Economic Theory. v. 58, p. 290-316. 1992.

FERREIRA, P. C.; NASCIMENTO, L. G. Welfare and growth effects of alternative fiscal rules for infrastructure investment in Brazil. EPGE 604. Fundação Getúlio Vargas, 2005. Ensaios Econômicos.

GOMES, J. W. F., PEREIRA, R. A. C., BEZERRA, A. R., LUCIO, F. G. C.; SARAIVA, F. A. M. Efeitos fiscais e macroeconômicos da emenda constitucional do teto dos gastos (nº 95/2016). Nova Economia, v. 30, n. 3, p. 893-920, 2020.

GROSSMAN, M. On the concept of health capital and the demand for health. Journal of Political Economy v. 80, n. 2, pp. 223-255, 1972.

HALLIDAY, T. J.; HE, H.; NING, L.; ZHANG, H. Health investment over the life-cycle. Macroeconomic Dynamics, v. 23, n. 1, p. 178-215, 2017.

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Contas Nacionais. Sistema de Contas Nacionais 2010-2018. 2020.

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.. Conta-Satélite da Saúde. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatis- ticas/sociais/saude/9056-conta-satelite-de-saude.html?=&t=resultados. Acesso em: 20 nov. 2020.

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.. População Residente. Estimativas da População. 2020. Disponível em: https://ftp.ibge.gov.br/Estimativas_de_Populacao/Estimativas_2020. Acesso em: 10 jan. 2021.

IPEA - INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. Ipeadata. Rio de Janeiro. Disponível em http://www.ipeadata.gov.br/. Acesso em: 10 jan. 2021.

LUCAS, R. E. Models of business cycles. Oxford: Basil Blackwell, 1987.

MCDONALD, S.; ROBERTS, J. Growth and multiple forms of human capital in an augmented Solow model: a panel data investigation. Economics letters, v. 74, n. 2, p. 271-276, 2002.

PEREIRA, R. A. C.; FERREIRA, P. C. Avaliação dos impactos macro-econômicos e de bem-estar da reforma tributária no Brasil. Revista Brasileira de Economia. v. 64, p. 191-208. 2010.

PRESTON, S. H. The changing relation between mortality and level of economic development. Population studies, v. 29, n. 2, p. 231-248, 1975.

SANTANA, P. J.; CAVALCANTI, T. V. d. V.; PAES, N. L. Impactos de longo prazo de reformas fiscais sobre a economia brasileira. Revista Brasileira de Economia. v. 66, p. 247-269. 2012.

SARAIVA, F. A. M. Reformas fiscais no Brasil: uma análise de sensibilidade da valoração do consumo público. 2016. 37 f. TCC (graduação em Ciências Econômicas) - Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade, Fortaleza/CE, 2016.

STN - SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL. Relatório Mensal da Dívida Pública. Brasília. Dez, 2016.

STN - SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL.. Relatório Resumido da Execução Orçamentária do Governo Federal e outros demonstrativos. Brasília. Dez, 2017.

TOBING, E. Public health spending, tax reform, and long-run growth. Economics Letters, v. 112, n. 1, p. 119-121, 2011.

TOBING, E.; JENG, J. Long-run growth and welfare effects of rising us public health expenditure. Public Finance Review, v. 40, n. 4, p. 470-496, 2012.

WELL, D. N. Accounting for the effect of health on economic growth. The quarterly journal of economics, v. 122, n. 3, p.

Downloads

Publicado

2023-07-28