Do homo economicus às heurísticas e vieses cognitivos: as contribuições da economia comportamental
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8085.2024.e98233Palabras clave:
Homo Economicus, Economia comportamental, Racionalidade limitadaResumen
O objetivo do presente trabalho é identificar as principais contribuições da Economia Comportamental a respeito das noções de indivíduo, racionalidade e comportamento humano. A noção hegemônica de agente na literatura é baseada na ortodoxia econômica e sua proposição do homo economicus, um agente representativo autônomo com racionalidade substantiva. São expostas as condições necessárias para o surgimento do homo economicus, bem como as críticas e questionamentos à noção de indivíduo, racionalidade e comportamento dos agentes econômicos presentes na ortodoxia. Destaca-se a realização de estudos experimentais, análise mais aprofundada de como as instituições e o ambiente afetam o comportamento humano, exploração de novas abordagens e teorias sobre o comportamento humano. Por fim, são apresentados os fundamentos teóricos da Economia Comportamental, incluindo as heurísticas e vieses cognitivos que influenciam o comportamento humano, que tem contribuído para uma compreensão mais realista a respeito do indivíduo, racionalidade e comportamento humano para a teoria econômica.
Citas
ARIELY, D. Previsivelmente irracional. Rio de Janeiro: Campus, 2008.
ARIELY, D. (2015). Economia Comportamental: um exercício de desenho e humildade, In: ÁVILA, F.; BIANCHI, A. M. (Ed.). Guia de Economia comportamental e experimental. 2015, p. 20-25.
AKERLOF, G. A.; SHILLER, R. J. Animal Spirits: How Human Psychology Drives the Economy, and Why It Matters for Global Capitalism. Princeton: Princeton University Press, 2010.
ÁVILA, F. A Economia Comportamental: um novo olhar para o ser humano. Revista da ESPM, ano 21, ed. 98, no. 3, p. 32-37, mai./jun. 2015
ÁVILA, F.; BIANCHI, A. M. Prefácio, In: ÁVILA, F.; BIANCHI, A. M. (Ed.). Guia de Economia comportamental e experimental. 2015, p. 14-19.
ÁVILA, F.; AVILA, M. Como e Quando Surgiu? Disponível em: economiacomportamental.org/como-e-quando-surgiu. Acesso em: 20 set. 2022.
BEE, M.; DESMARAIS-TREMBLAY, M. The birth of homo economicus: The methodological debate on the Economic agent from J. S. Mill to V. Pareto. Journal of the History of Economic Thought, V. 45, N. 1, 2023.
BIANCHI, A. M.; SILVA FILHO, G. A. Economistas de avental branco: uma defesa do método experimental na economia. Revista de Economia Contemporânea, v. 5, n.2, p. 129-154, 2001.
CAMERER, C. (1999). Behavioral economics: Reunifying psychology and economics. PNAS, v. 96, p.10575-10577.
CERQUEIRA, H. A mão invisível de Júpiter e o método newtoniano de Smith. ESTUDOS ECONÔMICOS (SÃO PAULO. IMPRESSO), v. 36, p. 667-697, 2006.
COUTINHO, C. N. Carlos Nelson Coutinho: ensaios de crítica literária, filosofia e política. In Andréa Maria de Paula Teixeira, Gláucia Lelis Alves (org.). Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, 2018.
GANEM, A. O mercado como ordem social em Adam Smith, Walras e Hayek. Economia e Sociedade, v. 21, n. 1, p. 143-164, 2012.
HENRY, J. The Scientific Revolution and the Origins of Modern Science. New York, Palgrave, 2ª ed., 2002.
HODGSON, G. Why the Problem of Reductionism in Biology Has Implications for Economics. World Futures, Vol. 37. p. 69-90, 1993.
IYENGAR, S. A arte da escolha. Belo Horizonte: Unicult Editora, 2013.
JEVONS, W. S. A teoria da economia política. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1996.
KAHNEMAN, D. Rápido e devagar: duas formas de pensar. São Paulo: Objetiva, 2012.
KAHNEMAN, D., KNETSCH, J. L.; THALER, R. H. (1991). Anomalies: The endowment effect, loss aversion, and status quo bias. Journal of Economic Perspectives, 5(1), 193-206.
SUNSTEIN, C. R. Nudging: Um Guia (Muito) Resumido. REI-REVISTA ESTUDOS INSTITUCIONAIS, v. 3, n. 2, p. 1023-1034/1035-1044, 2017.
MELO, T. M.; FUCIDJI, J. R. Racionalidade limitada e a tomada de decisão em sistemas complexos. REVISTA DE ECONOMIA POLÍTICA (ONLINE), v. 36, p. 622-645, 2016.
MENGER, C. Princípios de economia política. São Paulo: Abril Cultural, 1983.
MILL, J. S. On the Definition and Method of Political Economy. In HAUSMAN, D. (Ed.). The Philosophy of Economics: An Anthology. Cambridge: Cambridge University Press, 2007, p. 41-58.
OLIVEIRA, R. de; GENNARI, A. M. História do pensamento econômico. São Paulo: Saraiva, 2009.
PARETO, V. Summary of Some Chapters of a New Treatise on Pure Economics by Professor Pareto. Giornale degli Economisti e Annali di Economia, Nuova Serie 67, p. 453–504, [1900] 2008.
PRADO, E. Complexidade e Práxis. São Paulo: Editora Plêiade, 2011.
SBICCA, A. Heurísticas no estudo das decisões econômicas: contribuições de Herbert Simon, Daniel Kahneman e Amos Tversky. Estudos Econômicos (São Paulo), v. 44, p. 579–603, set. 2014.
ZULIAN, A., JÚNIOR, O. M., & MARIN, S. R. Indivíduo, comportamento e decisão econômica: as contribuições dos conceitos de racionalidade limitada, processos cognitivos duais e heurísticas. Economia Ensaios, 33(2), p. 39-57, 2019.
SIMON, H. A. The sciences of the artificial (3rd ed.). Massachusetts: MIT Press, 1996.
SIMON, H. A. Administrative behavior: a study of decision-making processes in administrative organizations. 4th ed. New York: The Free Press, 1997.
SMITH, A. A Riqueza das Nações. São Paulo: Editora Nova Cultura, 1996.
SMITH, V. L. Method in experimental economics. Experimental Economics, 5(2), 91-110, 2002.
SMITH, V. Economics in the laboratory. In HAUSMAN, D. (Ed.). The Philosophy of Economics: An Anthology. Cambridge: Cambridge University Press, 2007, p. 334-355.
THALER, R. H. Misbehaving: A construção da economia comportamental. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2019.
THALER, R., SUNSTEIN, C. Nudge: Improving Decisions About Health, Wealth, and Happiness. London: Penguin Books, 2008.
UDEHN, L. Methodological Individualism: Background, history and meaning. London: Routledge, 2002.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Os Direitos Autorais para artigos publicados neste periódico são do autor. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais, de exercício profissional e para gestão pública. A Revista adotou a licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. Esta licença permite acessar, baixar (download), compartilhar o conteúdo dos artigos desde que citada a fonte, atribuindo os devidos créditos de autoria.

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
