A tensão permanente entre expansão e crise do capitalismo: As Revoluções Tecnológicas e as bolhas Financeiras

Autores

  • Rubem Mafra
  • Marcia Siqueira Rapini
  • Tulio Chiarini

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8085.2017v20n2p71

Resumo

Partindo do conceito de paradigmas tecno-econômico desenvolvido por Freeman e Perez (1988) e pela articulação entre o capital produtivo e financeiro (Perez, 2002) na consolidação de cada Revolução Tecnológica associada, este ensaio articula inovação e bolhas financeiras. Nas quatro primeiras Revoluções Tecnológicas – Era da Mecanização; Era do Vapor e das Ferrovias; Era da Engenharia Pesada, Aço e Eletricidade; e Era do Óleo, Automóvel e Produção em Massa – o capital financeiro foi responsável pela especulação econômica relacionada às inovações e à construção de uma nova infraestrutura industrial. O capital produtivo assumiu a liderança da construção da infraestrutura industrial a partir da forte especulação e do descolamento dos preços dos ativos da economia real, isto é, a partir da geração de uma bolha financeira. Diferentemente, a quinta Revolução Tecnológica – Era da Microeletrônica – alterou a dinâmica das Revoluções Tecnológicas anteriores: a financeirização da economia modificou a lógica da relação entre o capital produtivo e o capital financeiro. Em outras palavras, o capital produtivo não se sobrepôs ao capital financeiro, o que pode ser explicado por profundas transformações estruturais.  

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Publicado

2018-01-10

Edição

Seção

Artigos