Com quantas reportagens se faz uma presidenta? uma análise comparativa da construção midiática em torno de Dilma Rousseff e Cristina Fernández
DOI:
https://doi.org/10.5007/1806-5023.2023.e92671Palavras-chave:
subalternidade, América Latina, representação midiática, Dilma Rousseff, Cristina FernándezResumo
A representação midiática da mulher política colonial é carregada de elementos impostos a vivência dessa mulher. O sistema atual em vigor na sociedade é sustentado através de uma estrutura hegemônica que garante um lugar privilegiado aos grupos dominantes e mantém marginalizados os grupos subalternos. Portanto, as mulheres coloniais desaparecem da sociedade global e são representadas de forma estereotipada pela grande mídia. Na América Latina, a vivência dessas mulheres é marcada pela desigualdade, além das consequências da colonização, da introdução compulsiva do cristianismo e do autoritarismo – fruto da ditadura militar. Nesse sentido, a vida política de Dilma Rousseff e de Cristina Fernández foi marcada pelo constante julgamento pela mídia do seu comportamento, da sua aparência e até da sua saúde mental. Desse modo, o objetivo deste trabalho é entender se a subalternidade está presente na representação midiática de Dilma Rousseff e de Cristina Fernández durante os seus respectivos mandatos presidenciais. O método utilizado será o estudo de política comparada a partir dos estudos em cortes transversais e o programa Iramuteq. A partir dos resultados encontrados através das variáveis utilizadas, é possível confirmar a presença da subalternidade na apresentação da mídia sobre essas duas líderes políticas.
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