Gênero e poder: Leonor Teles, rainha de coração cavalheiresco

Autores

  • Miriam Cabral Coser Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Resumo

O artigo faz uma análise do perfil da última rainha da dinastia de Borgonha em Portugal, Leonor Teles (135-1386), traçado pelo cronista da dinastia de Avis, Fernão Lopes. A rainha que emerge das crônicas de Fernão Lopes persiste tenazmente no intuito de fazer valer seus direitos de regente, que de fato constam do tratado de Salvaterra, lidando em pé de igualdade com os homens mais influentes de Portugal e Castela. O cronista desenvolve uma narrativa hábil no sentido de deslegitimar o poder conferido à regente Leonor pelo rei D. Fernando, identificando-a a Eva, o oposto do grande modelo feminino na Idade Média, o modelo mariano. A eficácia deste discurso é impressionante, chegando a influenciar a historiografia portuguesa até o séc. XX.

Biografia do Autor

Miriam Cabral Coser, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Doutora em História pela Universidade Federal Fluminense e Professora Adjunto I da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, ministrando as disciplinas de História Medieval e Introdução ao Estudo da História nesta universidade. Coordena o GT de Gênero da ANPUH – RJ, ao lado da professora Caetana Damaceno.

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Publicado

2007-12-04

Como Citar

Cabral Coser, M. (2007). Gênero e poder: Leonor Teles, rainha de coração cavalheiresco. Esboços: Histórias Em Contextos Globais, 14(18), pp. 11–30. Recuperado de https://periodicos.ufsc.br/index.php/esbocos/article/view/564

Edição

Seção

Artigo