“We put together a Zongo here”: contemporary Ghanaian migrations and urban appropriations (2014-2020)

Authors

  • Michelle Maria Stakonski Cechinel Programa de Pós-graduação em História da Universidade do Estado de Santa Catarina (PPGH-UDESC), professora do departamento de História da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). http://orcid.org/0000-0001-5574-6633

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7976.2021.e72513

Abstract

This article aims to analyze the recent migratory flows of Ghanaians who moved from Zongos, ethnicreligious settlements in the region of Ghana, to the city of Criciúma, in the southern region of Brazil, between 2014 and 2020. The intention is to understand the migratory dynamics forged in the historical context of displacement of these individuals and the way they rebuild their ethnic identities in transit, based on the idea of  an “itinerary culture”. The hypothesis defended is that the way these migrants interact with the city – forming tensioned spaces suitable for Ghanaians who previously lived in Zongos, thus, faithful to Islam and speakers of the Hausa language, and for non-Zongorian Ghanaians, especially belonging to the Axanti ethnic group – represents an extension of the of social and historical tensions related to the place of origin, Ghana. In this sense, the article intends to point out how, during displacement, Zongorian Ghanaians of different ethnicities and the Axanti Ghanaians reinforce and redefine their identities, reproducing, in transit, social dynamics of spatial and cultural separation in the host society - in the case studied, Criciúma.

Author Biography

Michelle Maria Stakonski Cechinel, Programa de Pós-graduação em História da Universidade do Estado de Santa Catarina (PPGH-UDESC), professora do departamento de História da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC).

Doutoranda do Programa de Pós-graduação em História da Universidade do Estado de Santa Catarina (PPGH-UDESC), professora do departamento de História da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC).

References

ABEO. Entrevista concedida a Michelle Maria Stakonski Cechinel. Criciúma, 10 de mar. de 2017.

ABU. Entrevista concedida a Michelle Maria Stakonski Cechinel. Criciúma, 10 fev. 2018.

ACNUR. Global Trends: forced displacement in 2018. Genebra: Acnur, 2019. Disponível em: https://www.unhcr.org/statistics/unhcrstats/5d08d7ee7/unhcr-global-trends-2018. html. Acesso em: 17 dez. 2019.

ADJEPONG, Adjei. The Origins, Implementation and Effects of Ghana’s 1969 Aliens Compliance Order. PhD (Master of Philosophy in History) – Department of History, Faculty of Arts, College of Humanities and Legal Studies, University of Cape Coast, Ghana, 2009.

AFI. Entrevista concedida a Michelle Maria Stakonski Cechinel. Criciúma, 16 dez. 2017.

AGIER, Michel. Commerce et Socieabilité: le négociants soudanais du quartier zongo de Lomé (Togo). Paris: Orstom, 1983.

AGIER, Michel. Antropologia da cidade: lugares, situações, movimentos. São Paulo: Terceiro Nome, 2011.

AGIER, Michel. Migrações, descentramentos e cosmopolitismo. Maceió; São Paulo: Edufal; Fundação Editora Unesp, 2015.

AGYEMAN, Edmond Akwasi; SETRANA, Mary Boatemaa. Mobilidade humana em Gana. In: BAGIO, Fabio (org.). Africanos em movimento: mobilidade humana em Gana, Nigéria, Angola e África do Sul. Cidade do Cabo: Scalabrini Institute for Human Mobility in Africa (Sihma), 2014. p. 13-70

APPADURAI, Arjun. Modernity al large: cultural dimensions of globalization. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1996.

ASSIS, Glaucia de Oliveira; CECHINEL, Michelle Maria Stakonski. Entre Gana e Brasil: gênero e raça nas trajetórias de emigrantes ganeses em Criciúma (2014-2019). In: ALCÁNTARA, Manuel et. al. (coord.). Memoria del 56.o. Congreso Internacional de Americanistas: Estudios de Genero. Salamanca: Ediciones Universidad de Salamanca, 2018. p. 630-638.

ASSIS, Glaucia de Oliveira. De Criciúma para o mundo: rearranjos familiares e de gênero nas vivencias dos novos migrantes brasileiros. Tese (Doutorado) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, Universidade Estadual de Campinas, SP, 2004.

AWUNBILA, Mariama et al. Migration Country Paper: Ghana. Accra: Centre for Migration Studies – University of Ghana, 2008.

BABIĆ, Bojana. Migração Sul-Sul (MSS). In: CAVALCANTI, Leonardo et al. (org.). Dicionário crítico das migrações internacionais. Brasília: Editora UnB, 2017. p. 476-484.

BAENINGER, Rosana et al. (org.). Imigração haitiana no Brasil. Jundiaí: Paco Editorial, 2016.

BAENINGER, Rosana. Introdução. In: BAENINGER, Rosana et al. (org.). Migrações Sul-Sul. 2 ed. Campinas: Núcleo de Estudos de População “Elza Berquó” – Nepo/Unicamp, 2018. p. 13-14.

BRASIL. Lei nº 9474/1997, de 27 de julho de 2017a. Define mecanismos para a implementação do Estatuto dos Refugiados de 1951, e determina outras providencias. Disponível em: https://legis.senado.leg.br/norma/551350. Acesso em: 13 jan. 2019.

CASSENTINI, Giulia. Migration networks and narratives in Ghana: a case study from the Zongo. Africa, Cambridge, n. 88, v. 3, p. 452-468, 2018.

CAVALCANTI, Leonardo et. al. A inserção dos imigrantes no mercado de trabalho brasileiro. Relatório Anual 2015. Observatório das Migrações Internacionais; Ministério do Trabalho e Previdência Social/Conselho Nacional de Imigração e Coordenação Geral de Imigração. Brasília: OBMigra, 2014.

CAVALCANTI, Leonardo et. al. A inserção dos imigrantes no mercado de trabalho brasileiro. Relatório Anual 2015. Observatório das Migrações Internacionais; Ministério do Trabalho e Previdência Social/Conselho Nacional de Imigração e Coordenação Geral de Imigração. Brasília: OBMigra, 2015.

CAVALCANTI, Leonardo et. al. A inserção dos imigrantes no mercado de trabalho brasileiro. Relatório Anual 2016. Observatório das Migrações Internacionais; Ministério do Trabalho/ Conselho Nacional de Imigração e Coordenação Geral de Imigração. Brasília: OBMigra, 2016.

CAVALCANTI, Leonardo et. al. A inserção dos imigrantes no mercado de trabalho brasileiro. Relatório Anual 2017. Série Migrações. Observatório das Migrações Internacionais; Ministério do Trabalho/Conselho Nacional de Imigração e Coordenação Geral de Imigração. Brasília: OBMigra, 2017.

CAVALCANTI, Leonardo et. al. Migrações e mercado de trabalho no Brasil. Relatório Anual 2018. Série Migrações. Observatório das Migrações Internacionais; Ministério do Trabalho/ Conselho Nacional de Imigração e Coordenação Geral de Imigração. Brasília: OBMigra, 2018.

CAVALCANTI, Leonardo et al. Resumo executivo. Imigração e refúgio no Brasil: a inserção do imigrante, solicitante de refúgio e refugiado no mercado de trabalho formal. Observatório das Migrações Internacionais; Ministério da Justiça e Segurança pública/ Conselho Nacional de Imigração e Cordenação Geral de Imigração Laboral. Brasília: OBMigra, 2019.

CRICIÚMA. Relatório Situacional da Secretaria de Assistência Social Municipal de Criciúma. 2016. Mimeo.

DIAS, Juliana Braz; LOBO, Andréa de Souza. Sobre Fluxos e(m) Contextos Africanos. In: DIAS, Juliana Braz; LOBO, Andréa de Souza (org.). África em Movimento. Brasília: ABA Publicações, 2012. p. 9-20.

FARKO. Entrevista concedida a Michelle Maria Stakonski Cechinel. Criciúma, 7 fev. 2018

FIGUEREDO, Luiz Orencio. Migração haitiana em Santa Catarina: experiências de trabalhadores do Haiti na Associação dos Municípios da Região Carbonífera (AMREC). 2016. 229 p. Dissertação (Mestrado) – Universidade do Extremo Sul Catarinense, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico, Criciúma, SC, 2016.

FILHO, A. G. Formação econômica de Santa Catarina. Florianópolis: Editora da Ufsc, 2007.

GHANA. Ghana Statistical Service. Population & Housing Census Report: Migration in Ghana 2010, 2013. Disponível em: https://statsghana.gov.gh/gssmain/fileUpload/pressrelease/2010_PHC_National_Analytical_Report.pdf. Acesso em: 20 fev. 2020.

IBGE. Gráfico de distribuição da população africana por país de origem, segundo as grandes regiões. Brasil. 2000.

IOM. Diaspora Engagement Project. Colloquium of the diaspora engagement Project: Linking the Ghanaian Diaspora to the development of Ghana. Anais do Colóquio. 2012. Disponível em: http://www.ghanaiandiaspora.com/wp/wp-content/uploads/2012/10/dep_colloquium_report.pdf. Acesso em: 20 fev. 2020

JUNG, Philipp Roman; ASSIS, Gláucia de Oliveira; CECHINEL, Michelle Maria Stakonski. Aqui para ficar ou só de passagem? Experiências migratórias de senegaleses e ganeses no Brasil. Cadernos de Estudos Sociais, Recife, v. 33, n. 2, p. 1-27, jul./dez. 2018.

LOPES, Nei; MACEDO, José Rivair. Dicionário de História da África: séculos VII a XVI. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.

LOURENÇO, Vitor Alexandre Antunes. Estado, autoridades tradicionais e processos políticos no Gana “pós-colonial”: o caso da Região Ashanti. 2017. 442 p. Tese (Doutoramento em Estudos Africanos) – Escola de Sociologia e Políticas Públicas, Departamento de Ciência Política e Políticas Públicas, Instituto Universitário de Lisboa ISCTE, Lisboa, 2017.

MACEDO, José Rivair. História da África. São Paulo: Contexto, 2015.

MAGALHÃES, Luís Felipe Aires. Migração internacional e dependência na divisão internacional do trabalho: um estudo da região sul de Santa Catarina. 2013. 210 p. Dissertação (Mestrado em Demografia) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2013.

MAGALHÃES, Luiz Felipe Aires. A imigração haitiana em Santa Catarina: perfil sociodemográfico do fluxo, contradições da inserção laboral e dependência de remessas no Haiti. 2017. 355p. Tese (Doutorado em Demografia) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2017.

MAGALHÃES, Luiz Felipe Aires. Migração de dependência: considerações teóricas e metodológicas sobre a imigração haitiana no Brasil. In: BAENINGER, Rosana et al.

(org.). Migrações Sul-Sul. 2 ed. Campinas: Nepo/Unicamp, 2018. p. 368–383.

MBEMBE, Achille. Afropolitanismo. Áskesis, Araras, v. 4, n. 2, p. 68-71, jul./dez. 2015.

MERCANDALLI, S.; LOSCH, B. (coord.). Rural Africa in motion: Dynamics and drivers of migration South of the Sahara. Rome: FAO; Cirad, 2017.

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA (Brasil). Comitê Nacional para os Refugiados (Conare). Sistema de refúgio no Brasil. Brasília: CONARE, 2016a. Disponível em: http://www.acnur.org/t3/fileadmin/Documentos/portugues/Estatisticas/Sistema_de_Refugio_brasileiro_-_Refugio_em_numeros_-_05_05_2016.pdf . Acesso em: 17 dez. 2019.

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA (Brasil). Comitê Nacional para os Refugiados (Conare). Refúgio em números. Brasília: Conare, 2016b. Disponível em: https://www.justica.gov.br/seus-direitos/refugio/anexos/1o-edicao-sistema_de_refugio_brasileiro_-_refugio_em_numeros_-_05_05_2016.pdf. Acesso em: 17 dez. 2019.

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA (Brasil). Comitê Nacional para os Refugiados (Conare). Refúgio em números. 2ª ed. Brasília: Conare, 2017b. Disponível em: https://www.justica.gov.br/seus-direitos/refugio/anexos/2deg-edicao-refugio-em-numeros-2010-2016-v-5-0-final.pdf. Acesso em: 17 dez. 2019.

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA (Brasil). Comitê Nacional para os Refugiados (Conare). Refúgio em números. 3ª. ed. Brasília: Conare, 2018. Disponível em: https://www.justica.gov.br/seus-direitos/refugio/anexos/refasgio-em-nasmeros_1104.pdf. Acesso em: 17 dez. 2019.

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA (Brasil). Comitê Nacional para os Refugiados (Conare). Refúgio em números. 4ª. ed. Brasília: Conare, 2019. Disponível em: https://www.acnur.org/portugues/wp-content/uploads/2019/07/Refugio-em-números_versão-23-de-julho-002.pdf. Acesso em: 1 fev. 2020.

PEIL, Margaret. Ghana’s Alien. International Migration Review, Nova York, n. 8, p. 367-381, 1974.

PEIL, Margaret. Ghanaians Abroad. African Affairs, Londres, v. 94, n. 376, p. 345-367, 1995.

PISON, Gilles. The number and proportion of immigrants in the population: international comparisons. Population & Societies, Paris, n. 563, p. 1-4, fev. 2019.

POLÍCIA FEDERAL (Brasil). Sistema de Registro Nacional Migratório (Sismigra): 2018-2020. Brasília: 2020. Disponível em: https://portaldeimigracao.mj.gov.br/pt/dados/microdados/1733-obmigra/dados/microdados/401205-sismigra. Acesso em: 20 fev. 2020.

POLÍCIA FEDERAL (Brasil). Sistema Nacional de Cadastro de Registro de Estrangeiro (Sincre): 2014-2017. Brasília: 2020. Disponível em: https://portaldeimigracao.mj.gov.br/pt/dados/microdados/1733-obmigra/dados/microdados/401205-sismigra. Acesso em: 20 fev 2020.

SANGALLI, Lucas C.; GONÇALVES, Maria do Carmo. Cursos migratórios e novas circularidades: migrantes da África Ocidental no Sul do Brasil. Remhu - Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana, Brasília, v. 27, n. 56, p. 61-80, ago. 2019.

SCHILDKROUT, Enid. People of the Zongo: The Transformation of Ethnic Identities in Ghana. Cambridge; New York: Cambridge University Press, 2007.

UNITED NATIONS. Department of Economic and Social Affairs, Population Division (2017). World Population Prospects: The 2017 Revision. 2017. Disponível em: https://population.un.org/wpp/Publications/Files/WPP2017_KeyFindings.pdf. Acesso em: 1 fev. 2020.

UNITED NATIONS. United Nations Population Division, UNPD. Human Development Indices and Indicators, 2018 Statistical Update. 2018. Disponível em: http://hdr.undp.org/sites/default/files/2018_summary_human_development_statistical_update_en.pdf. Acesso em: 01 fev. 2020.

WILLIAMSON, E. A. Understanding the zongo processes of socio-spatial marginalization in Ghana. Master of Science in Architecture Studies – Department of Architecture, Massachusetts Institute of Technology, Boston, 2014.

Published

2021-08-12

How to Cite

Cechinel, M. M. S. (2021). “We put together a Zongo here”: contemporary Ghanaian migrations and urban appropriations (2014-2020). Esboços: Histories in Global Contexts, 28(48), 471–491. https://doi.org/10.5007/2175-7976.2021.e72513

Issue

Section

Article