From the aporias of spectrality to the emergence of the decolonial sublime: the challenges of subjectivation and difference

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7976.2023.e97401

Keywords:

Spectral historicity, Difference, Decolonial sublime

Abstract

This article departs from decolonial reflections developed by Maria da Glória de Oliveira and pursues to thematize how, contemporaneously, the fields of theory of history and the history of historiography in Brazil are impelled to respond to the languages of trauma, grieving, and healing that challenge disciplinary canons. At first, it situates the specificity of the discussion promoted by Maria da Glória de Oliveira amongst the (in)disciplinary reflections that thematize spectral historicities. In a second moment, it defines what is categorized as languages of trauma, grieving, and healing, which are inscribed as challenges to the domestication imposed by disciplinary historiography. Furthermore, it aims to defy the paradigm of correspondent representation inspired by Oliveira's proposal, since it argues how the possibilities of subjectivation and openness to difference in our teaching/learning contexts in Brazilian public universities are crossed by the referred languages, which invites the re-articulation of affections and the display of disruptive aesthetic experiences, such as the decolonial sublime.

References

ANKERSMIT, Frank. Sublime Historical Experience. Stanford: Stanford University Press, 2005.

ARAUJO, Valdei L. de.; PEREIRA, Mateus H. Atualismo 1.0: Como a ideia de atualização mudou o século XXI. 2.ed. Vitória/Mariana: Milfontes/SBTHH, 2019.

ARAUJO, Valdei L. de. O direito à história: o(a) historiador(a) como curador(a) de uma experiência histórica socialmente distribuída. Conversas sobre o Brasil: ensaios de crítica histórica. Salvador: Provisória, 2017. p. 191-216.

ASSUNÇÃO, Marcello. As injustiças de Clio revisitado: Clóvis Moura e a crítica da branquitude no campo historiográfico. História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography, Ouro Preto, v. 15, n. 38, p. 231–252, 2022.

ASSUNÇÃO, Marcello et al. Na teoria da história e da literatura há questão racial, em teoria. Revista de Teoria da História, Goiânia, v. 26, p. 5-8, 2023.

ASSUNÇÃO, Marcello; TRAPP, Rafael P. É possível indisciplinar o cânone da história da historiografia brasileira? Pensamento afrodiaspórico e (re)escrita da história em Beatriz Nascimento e Clóvis Moura. Revista Brasileira de História, v. 41, p. 229-252, 2021.

BENTO, Maria A. S. O pacto da branquitude. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.

BEVERNAGE, Berber. História, memória e violência de Estado: tempo e justiça. Tradução: André Ramos; Guilherme Bianchi. Serra/Mariana: Milfontes/ SBTHH, 2018.

BUTLER, Judith. Vida precária: os poderes do luto e da violência. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.

DERRIDA, Jacques. Espectros de Marx. O Estado da dívida, o trabalho do luto e a nova Internacional. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1994.

DERRIDA, Jacques. Força de Lei: o fundamento místico da autoridade. 3.ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2018.

GUIMARÃES, Géssica. Disciplina e experiência: construindo uma comunidade de escuta na teoria e no ensino de história. História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography, Ouro Preto, v. 14, n. 36, p. 373-401, 2021.

HARTMAN, Saidiya. Perder a mãe: uma jornada pela rota atlântica da escravidão. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021.

HEIDEGGER, Martin. Ser e Tempo. Campinas/Petrópolis: Editora da Unicamp/Vozes, 2012.

hooks, bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2017.

KEHL, Maria R. O tempo e o cão: a atualidade das depressões. São Paulo: Boi Tempo, 2009.

KILOMBA, Grada. Grada Kilomba: desobediências poéticas. Curadoria Jochen Volz e Valéria Picoli; ensaio Djamila Ribeiro. São Paulo: Pinacoteca de São Paulo, 2019.

KILOMBA, Grada. Memórias da Plantação: episódios de racismo cotidiano. Tradução Jess Oliveira. Rio de Janeiro: Cobogó, 2020.

KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

KLEINBERG, Ethan. Haunting History: for a deconstructive approach to the past. Stanford: Stanford University Press, 2017.

KLEINBERG, Ethan. Historicidade Espectral: Teoria da História em tempos digitais. Tradução e apresentação por André da Silva Ramos. Vitória: Milfontes, 2021.

LACAN, Jacques. Seminário, livro 7: a ética da psicanálise, 1959-1960. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2008.

LACAN, Jacques. O Seminário, livro 10: a angústia. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.

MBEMBE, Achille. Critique of Black Reason. Durham: Duke University Press, 2017.

NETO, Miguel R. de S.; GOMES, Aguinaldo R. História e teoria queer. Salvador, BA: Editora Devires, 2018.

NICOLAZZI, Fernando; TURIN, Rodrigo; ÁVILA, Arthur. A História (in)disciplinada: teoria, ensino e difusão do conhecimento histórico. Vitória: Editora Milfontes, 2019.

OLIVEIRA, Igor da S. O olhar que me atravessa: uma análise sobre a hipersexualização do homem negro. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em História) – Universidade do Estado de Minas Gerais, Carangola, 2023.

OLIVEIRA, Maria da G. de. A história disciplinada e os seus outros: reflexões sobre as (in)utilidades de uma categoria. In: NICOLAZZI, Fernando et al. (orgs.) A História (in)disciplinada: teoria, ensino e difusão do conhecimento histórico. Vitória: Milfontes, 2019. p. 53-71.

OLIVEIRA, Maria da G. de. Crítica, método e escrita da história em João Capistrano de Abreu. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2013.

OLIVEIRA, Maria da G. de. Decolonizing and gendering theory of History. In: FREIXO, André; RAMALHO, Walderez; BOLDRINI, Aguinaldo (orgs.) Emergencies: Race, Gender, and Decoloniality. Vitória: Milfontes, 2021. p. 21-34.

OLIVEIRA, Maria da Glória de. Escrever vidas, narrar a história. A biografia como problema historiográfico no Brasil oitocentista. 1a. ed. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2012.

OLIVEIRA, Maria da G. de. Espectros da colonialidade-racialidade e os tempos plurais do mesmo. Esboços: histórias em contextos globais, Florianópolis, 2024. [Versão cedida pela revista anterior à publicação.]

OLIVEIRA, Maria da G. de. Os sons do silêncio: interpelações feministas decoloniais à História da Historiografia. História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography, Ouro Preto, v. 11, n. 28, p. 104-140, 2018.

OLIVEIRA, Maria da G. de. Outros sujeitos, outras teorias: reflexões para um programa de ensino de teoria feminista decolonial da História. In: GONLÇALVES, Marcia (org.) Teorizar, aprender e ensinar história. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2020. p. 126-146.

OLIVEIRA, Maria da G. de. Prefácio. In: RAMOS, André da S. Machado de Assis e a experiência da história: melancolia, raça e assombramento. Belo Horizonte: Fino Traço, 2023. p. 7-10.

OLIVEIRA, Maria da G. de. Quando será o decolonial? Colonialidade, reparação histórica e politização do tempo. Caminhos da História, v. 27, p. 58-78, 2022.

OLIVEIRA, Maria da G. de; HANSEN, Patrícia S. Corpos, tempos, lugares das historiografias. História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography, Ouro Preto, v. 16, n. 41, p. 1–15, 2023.

PEREIRA, Allan K. Escritas insubmissas: indisciplinando a História com Hortense Spillers e Saidiya Hartman. História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography, Ouro Preto, v. 14, n. 36, p. 481–508, 2021.

PINN, Maria. Maria Beatriz Nascimento: caminhos para (re)escrever a História. Aedos: Revista do Corpo Discente do Programa de Pós-Graduação em História da UFRGS, v. 14, p. 133-150, 2022.

RAMOS, André da S. Apresentação: pelo encontro com o espectral. Historicidade espectral: teoria da história em tempos digitais. Vitória: Milfontes, 2021, p. 1-38. Coleção Fronteiras da Teoria. v. 5.

RAMOS, André da S. Dos limites da historiografia moderna à abertura de novos horizontes: tempo histórico, linguagem e ética a partir de Berber Bevernage e Hans Ulrich Gumbrecht. Expedições: Teoria da História e Historiografia. Morrinhos/GO, v. 11, Fluxo Contínuo, p. 1-20, jan./dez. 2020a.

RAMOS, André da S. Machado de Assis e a experiência da história: melancolia, raça e assombramento. Belo Horizonte: Fino Traço, 2023.

RAMOS, André da S. Reinhart Koselleck e a análise das metáforas: sobre as possibilidades para além do conceitual. Tempo e Argumento, v.11, p.431-455, 2019.

RAMOS, André da S. Robert Southey e a experiência da história: conceitos, linguagens, narrativas e metáforas cosmopolitas. Vitória/Mariana: Milfontes/SBTHH, 2019.

RAMOS, André da S. Sobre os desafios transdisciplinares da Teoria da História e da História da Historiografia. In: RANGEL, Marcelo; CARVALHO, Augusto (org.) História & Filosofia: problemas ético-políticos. Vitória: Milfontes, 2020. v. 1, p. 61-71.

RAMOS, André da S.; ARAUJO, Valdei L. de. A emergência de um ponto de vista cosmopolita: a experiência da História de Portugal na Universal History. Almanack, v. 10, p. 479-491, 2015.

RAMOS, André da S.; CASTRO, Rafael Dias. Entre a inevitabilidade do trauma e a (im)possibilidade do luto: dinâmicas da historicidade em tempos de catástrofe. Revista de Teoria da História, v. 25, p. 236-257, 2022.

RAMOS, André da S.; KLEINBERG, Ethan. Ethan Kleinberg: Theory of History as Hauntology. História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography, Ouro Preto, v. 10, n. 25, p. 212-228, 2017.

RAMOS, André da S.; RANGEL, Marcelo; RODRIGUES, Thamara. Apresentação - Dossiê - Teoria da História e as Novas Humanidades: debates contemporâneos/ Presentation - Dossier - Theory of History and the New Humanities: contemporary debates. Caminhos Da História, Montes Claros, v. 27, n. 2, p. 3–6, 2022.

RAMOS, André da S.; HARTOG, François; CEZAR, Temístocles; RODRIGUES, Thamara. Formas de repensar e experimentar a temporalização do tempo e regimes historiográficos. História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography, Ouro Preto, v. 16, n. 41, e2177, p. 1-16, 2023.

RANGEL, Marcelo. A História e o impossível: Walter Benjamin e Derrida. Rio de Janeiro: Ape’ku, 2020.

RANGEL, Marcelo de M. Ensino de História: temporalidade, pós-verdade e verdade poética. Tempo e Argumento, Florianópolis, e0110, p. 1-27, 2021.

RODRIGUES, Carla. O luto entre a clínica e a política: Judith Butler para além do gênero. Belo Horizonte: Autêntica, 2021.

RODRIGUES, Lidiane S.; MUDROVCIC, Maria I.; AVELAR, Alexandre de S.. Rebeldia disciplinada? Introdução à “História como (in)disciplina”. História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography, Ouro Preto, v. 14, n. 36, p. 25-44, 2021.

RODRIGUES, Thamara. Sonhos, temporalidades e universidade: experiências para o futuro. Revista Maracanan, Rio de Janeiro, v. 32, p. 231-249, 2023.

RODRIGUES, Thamara. Teoria da história e história da historiografia: aberturas para “histórias não-convencionais”. História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography, Ouro Preto, v. 12, n. 29, p. 96-123, 2019.

RUNIA, Eelco. Moved by the Past: discontinuity and historical mutation. New York: Columbia University Press, 2014.

SCHILLER, Friedrich. Sobre o sublime. In: SÜSSEKIND, Pedro (org.) Do sublime ao trágico. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011. p. 53-74.

SANTANA, Ana P. S. A mulher na minha pele: um estudo do feminino, dos espectros e das histórias na historiografia brasileira e na literatura. 2023. Tese (Doutorado em História). Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2023.

SANTANA, Ana P. S.; SANTANA, Paulo V. S. de. A História Contada: apesar dos historiadores. Revista Pontes, Paranavaí, v. 14, p. 17-29, 2022.

SILVA, Denise F. da. A dívida impagável. São Paulo: Oficina da Imaginação Política e Living Commons, 2019.

TROUILLOT, Michel R. Silenciando o passado: poder e a produção da história. Curitiba: Huya, 2016.

TURIN, Rodrigo. Tempos precários: aceleração, historicidade e semântica neoliberal. Rio de Janeiro: Zazie, 2019.

WHITE, Hayden. The Politics of Historical Interpretation: Discipline and De-Sublimation. Critical Inquiry, v. 9, n. 1, p. 113-137, sep., 1982.

Published

2024-03-07

How to Cite

Ramos, A. da S. (2024). From the aporias of spectrality to the emergence of the decolonial sublime: the challenges of subjectivation and difference. Esboços: Histories in Global Contexts, 30(55), 396–414. https://doi.org/10.5007/2175-7976.2023.e97401

Issue

Section

Debate "Temporality, Coloniality, Raciality"