De Salvador ao Rio de Janeiro: a construção da autoria em Carlos Nelson Coutinho
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7976.2025.e106645Palabras clave:
Carlos Nelson Coutinho, Autoria, marxismoResumen
Este artigo analisa a formação intelectual e a construção da autoria de Carlos Nelson Coutinho entre Salvador e Rio de Janeiro. Partindo de sua inserção inicial em ambientes letrados familiares, escolares e políticos, examina-se o processo de afirmação como autor marxista, articulado à recepção de Lukács e Gramsci. A análise evidencia como espaços sociais, vínculos editoriais e militância cultural contribuíram para consolidar sua identidade intelectual, culminando na publicação de O estruturalismo e a miséria da razão (1972). O estudo mobiliza documentos, correspondências e publicações para compreender o surgimento da função autor em Coutinho.
Citas
Artigos de jornal
Coutinho, C. N. (1959a, novembro 27–28). História econômica da Revolução de 1798. Jornal da Bahia, 2º Caderno, p. 1.
Coutinho, C. N. (1959b, outubro). O erro fundamental da candidatura nortista. A Palavra, p. 5.
Oliveira, F. de. (1967, dezembro 10). Literatura 1967. Correio da Manhã, 4º Caderno, p. 2.
Cartas
Konder, L. (1961, fevereiro 6). Carta ao Movimento dos Partidários da Paz. Rio de Janeiro.
Konder, L. (1963, maio 20). Carta a Georg Lukács. Rio de Janeiro.
Coutinho, C. N. (1964, fevereiro 3). Carta a Georg Lukács. Salvador.
Silveira, Ê. (1964, fevereiro 5). Carta a Georg Lukács. Rio de Janeiro.
Konder, L. (1964, maio). Carta a Georg Lukács. Rio de Janeiro.
Coutinho, C. N. (1967, setembro 26). Carta a Georg Lukács. Rio de Janeiro.
Paz & Terra. (1969, janeiro 28). Carta a Georg Lukács. Rio de Janeiro.
Coutinho, C. N. (1963b, agosto 15). Carta a Georg Lukács. Salvador.
Lukács, G. (1963b, agosto 31). Carta a Carlos Nelson Coutinho. Budapeste.
Coutinho, C. N. (1963a, outubro 23). Carta a Georg Lukács. Salvador.
Lukács, G. (1963a, novembro 8). Carta a Carlos Nelson Coutinho. Budapeste.
Documentos arquivísticos
Serviço Nacional de Informações. Encaminhamento n. 238571. 21 de julho de 1971. Documento disponível no Arquivo Nacional, no fundo do Serviço Nacional de Informações.
Entrevistas
Carlos Nelson Coutinho por Marcelo Ridenti em 1996.
Florisvaldo Mattos pelos autores do artigo em 2022.
Neméssio Salles pelos autores do artigo em 2022.
Paulo Fernando de Moraes Farias pelos autores do artigo em 2022.
Livros e artigos
Abendroth, W., Holz, H. H., & Kofler, L. (1969). Conversando com Lukács. Paz & Terra.
Amado, J. (1933). Cacau. Ariel.
Amado, J. (1942). Terras do sem-fim. Martins.
Arias, S. (2003). A Revista Estudos Sociais e a experiência de um “marxismo criador” (Dissertação de mestrado). Universidade Estadual de Campinas.
Aron, R. (1970). De uma sagrada família a outra: Ensaios sobre os marxismos imaginários. Civilização Brasileira.
Benjamin, W. (1968). A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica. Revista Civilização Brasileira, 4(19–20), 251–283.
Bobbio, N. (1997). Os intelectuais e o poder: Dúvidas e opções dos homens de cultura na sociedade contemporânea. Unesp.
Castro, J. V. L., & Maldonado, L. E. (2022). O epistolário de György Lukács com o Brasil: O autor e os atores na construção de sua recepção. In XXVI Encontro Estadual de História da ANPUH-SP: O Futuro do Passado (Anais). https://www.encontro2022.sp.anpuh.org/anais/trabalhos/lista
Cornu, D. (1971). Karl Barth, teólogo da liberdade. Paz & Terra.
Coutinho, C. N. (1968). Lukács e a estética marxista. In G. Lukács, Introdução a uma estética marxista (Orelhas). Civilização Brasileira.
Coutinho, C. N. (1967a). Literatura e humanismo. Paz & Terra.
Coutinho, C. N. (1967b). G. Lukács: Existencialismo ou marxismo? Revista Civilização Brasileira, 3(16), 254–257.
Coutinho, C. N. (1967c). Problemas da literatura soviética. Revista Civilização Brasileira, 3(Caderno Especial 1), 199–222.
Coutinho, C. N., & Konder, L. (1966). Nota sobre Antonio Gramsci. In A. Gramsci, Concepção dialética da história. Civilização Brasileira.
Coutinho, C. N. (1966a). Jorge Semprún: “A longa viagem”. Revista Civilização Brasileira, 2(9–10), 163–169.
Coutinho, C. N. (1966b). Humanismo e irracionalismo na cultura contemporânea. Revista Civilização Brasileira, 2(8), 165–197.
Coutinho, C. N. (1966c). Uma análise estrutural dos romances de Graciliano Ramos. Revista Civilização Brasileira, 1(5–6), 107–150.
Coutinho, C. N. (1965–1966). Problemas da literatura soviética. Ângulos(18), 76–85.
Coutinho, C. N. (1963). Do existencialismo à dialética: A trajetória de Sartre. Estudos Sociais, 5(18), 148–176.
Coutinho, C. N. (1962). A inflação e a contra-inflação. Movimento, Revista da UNE(5), 23–25.
Coutinho, C. N. (1961a). Problemática atual da dialética. Ângulos, 11(17), 25–47.
Coutinho, C. N. (1961b). Irracionalismo: Metafísica em pânico. Afirmação(10), 39–42.
Coutinho, C. N. (1960). O processo das contradições e a revolução brasileira. Ângulos, 10(16), 29–39.
Coutinho, N. (1980). 50 poesias de Nathan Coutinho. S.E.
Coutinho, N. (1938). Pequeno ensaio sobre a poesia brasileira. S.E.
Coutinho, N. (1930). Inquietude. S.E.
Engels, F. (1985). Do socialismo utópico ao socialismo científico. Global.
Foucault, M. (2001). Ditos e escritos: Estética – literatura e pintura, música e cinema (Vol. 3). Forense Universitária.
Goethe, J. W. von. (2006). Os anos de aprendizado de Wilhelm Meister. Ed. 34.
Goldmann, L. (1968). Dialética e cultura. Paz & Terra.
Goldmann, L. (1966–1967). Materialismo dialético e história da literatura. Revista Civilização Brasileira, 1(11–12), 108–125.
Goldmann, L. (1964). Pour une sociologie du roman. Gallimard.
Goldmann, L. (1955). Le dieu caché. Gallimard.
Gramsci, A. (1968a). Literatura e vida nacional. Civilização Brasileira.
Gramsci, A. (1968b). Maquiavel, a política e o Estado moderno. Civilização Brasileira.
Gramsci, A. (1968c). Os intelectuais e a organização da cultura. Civilização Brasileira.
Gramsci, A. (1966a). Cartas do cárcere. Civilização Brasileira.
Gramsci, A. (1966b). Concepção dialética da história. Civilização Brasileira.
Gramsci, A. (1951). Passato e presente. Einaudi.
Gramsci, A. (1949). Il Risorgimento. Einaudi.
Gramsci, A. (1948). Il materialismo storico e la filosofia di Benedetto Croce. Einaudi.
Heller, A. (1972). O cotidiano e a história. Paz & Terra.
Konder, L. (2008). Memórias de um intelectual comunista. Civilização Brasileira.
Konder, L. (1965). Sobre Georg Lukács. In G. Lukács, Ensaios sobre literatura. Civilização Brasileira.
Kucinski, B. (2001). Jornalistas e revolucionários: Nos tempos da imprensa alternativa. Edusp.
Lukács, G. (1969). Realismo crítico hoje. Coordenada.
Lukács, G. (1968a). Introdução a uma estética marxista. Civilização Brasileira.
Lukács, G. (1968b). Marxismo e teoria da literatura. Civilização Brasileira.
Lukács, G. (1967). Existencialismo ou marxismo? Senzala.
Lukács, G. (1965). Ensaios sobre literatura. Civilização Brasileira.
Lukács, G. (1964). Il marxismo e la critica letteraria. Einaudi.
Lukács, G. (1963a). L’anima e le forme. Sugar.
Lukács, G. (1963b). La théorie du roman. Gonthier.
Lukács, G. (1961). Existencialisme ou marxisme? Nagel.
Lukács, G. (1960). Histoire et conscience de classe. Éditions de Minuit.
Lukács, G. (1959). El asalto a la razón. Fondo de Cultura Económica.
Lukács, G. (1957). Prolegomeni a un’estetica marxista. Riuniti.
Lukács, G. (1956). Thomas Mann. Feltrinelli.
Lukács, G. (1948). Karl Marx und Friedrich Engels als Literaturhistoriker. Aufbau.
Maestri, M. (2014). Jacob Gorender. In L. B. Pericás & L. Secco (Orgs.), Intérpretes do Brasil (pp. — ). Boitempo. (Obs.: APA exige páginas; você não forneceu. Mantive sem incluir nada.)
Magalhães, M. (2012). Marighella: O guerrilheiro que incendiou o mundo. Companhia das Letras.
Maldonado, L. E. (2021). O jovem Moniz Bandeira entre poesia e militância em Salvador. Intelligere – Revista de História Intelectual, 1, 219–243.
Marcuse, H. (1969). O fim da utopia. Paz & Terra.
Marx, K., & Engels, F. (2006). Manifesto do Partido Comunista. Global.
Matta, J. E. (1987). Índice geral dos colaboradores da Ângulos. In J. E. Matta, Ângulos (a vigência de uma revista universitária). Centro de Estudos Baianos da Universidade Federal da Bahia.
Netto, J. P. (2013). Curriculum vitae de Carlos Nelson Coutinho. Revista Praia Vermelha, 22(2), 113–134.
Neves, V. (2019). Democracia e socialismo: Carlos Nelson Coutinho em seu tempo. Lutas Anticapital.
Nobre, M., & Rego, J. M. (2000). Carlos Nelson Coutinho. In M. Nobre & J. M. Rego, Conversas com filósofos brasileiros (pp. 373–400). Editora 34.
Oliveira, F. J. (1995). A usina dos sonhos (Dissertação de mestrado). Universidade Federal da Bahia.
Poerner, A. (2019). Rebelde todo dia. Lacre.
Prado, C. J. (1971). Estruturalismo de Levi-Strauss; Marxismo de Louis Althusser. Brasiliense.
Prado, C. J. (1933). Evolução política do Brasil. Revista dos Tribunais.
Ramos, G. (1938). Vidas secas. José Olympio.
Ramos, G. (1936). Angústia. José Olympio.
Ramos, G. (1934). São Bernardo. Ariel.
Ramos, G. (1933). Caetés. Schmidt.
Reis, L. N. (2019). O exílio africano de Paulo Farias. Tempo, 25(2), 436–438.
Risério, A. (2004). Uma história da Cidade da Bahia (2ª ed.). Versal.
Risério, A. (1995). Avant-garde na Bahia. Instituto Lina Bo e P. M. Bardi.
Secco, L. (2002). Gramsci e o Brasil: Recepção e difusão de suas ideias. Cortez.
Tavares, L. H. D. (2020). História da Bahia. Unesp.
Vázquez, A. S. (1968). As ideias estéticas de Marx. Paz & Terra.
Veloso, C. (1997). Verdade tropical. Companhia das Letras.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Luccas Eduardo Maldonado, João Victor Lourenço de Castro

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
A reprodução dos textos editados pela Esboços: histórias em contextos globais é permitida sob Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0). Será pedido aos autores que assinem a licença de acesso aberto antes da publicação.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Os autores cedem à revista eletrônica Esboços: histórias em contextos globais (ISSN 2175-7976) os direitos exclusivos de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0).
- Essa licença permite que terceiros final remixem, adaptem e criem a partir do trabalho publicado desde que atribua o devido crédito de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional, em site pessoal, publicar uma tradução ou como capítulo de livro).

Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.


