Cavalo-marinho: um folguedo pernambucano

Autores

  • Maria Ângela de Faria Grillo Universidade Federal Rural de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7976.2011v18n26p138

Resumo

O trabalho aqui apresentado busca fazer um levantamento dos bens culturais que envolvem o Folguedo Cavalo-Marinho dos municípios de Ferreiros e Condado situados na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Cavalo Marinho é a denominação atribuída ao folguedo popular que se caracteriza como um teatro, incluindo música, dança e poesia, representado por aproximadamente setenta personagens, que se apresentam por cerca de oito horas.  A história é contada pelas toadas e loas (versos falados) de forma poética, pelo diálogo conduzindo o enredo através das figuras. Seus cacoetes, vícios e mazelas remetem às vitimas dos personagens reais, representando um grande desabafo. Todo enredo mostra a relação entre dois extratos básicos da sociedade canavieira: o dos escravos – atualmente trabalhadores rurais – e dos senhores de engenho – atualmente usineiros e políticos. Durante toda brincadeira, os participantes trocam de figuras, mudando apenas uma peça de roupa ou uma máscara. O objeto fundamental dessa pesquisa é investigar as práticas culturais presentes no folguedo e as disputas políticas aí representadas.

Biografia do Autor

Maria Ângela de Faria Grillo, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Doutora em História pela UFF/EHESS / Profa. de História da UFRPE

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Publicado

2011-12-02

Como Citar

Grillo, M. Ângela de F. (2011). Cavalo-marinho: um folguedo pernambucano. Esboços: Histórias Em Contextos Globais, 18(26), 138–152. https://doi.org/10.5007/2175-7976.2011v18n26p138