A ética do aprimoramento cognitivo: efeito Flynn e a falácia dos talentos naturais

Autores

  • Marcelo de Araujo Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.5007/1677-2954.2017v16n1p1

Resumo

O debate contemporâneo sobre a ética do aprimoramento cognitivo tem se concentrado sobretudo na pergunta sobre se, e em que medida, os indivíduos deveriam ou não ter o direito a fazer uso de novas tecnologias na expectativa de aumentar suas respectivas faculdades cognitivas. A pergunta sobre se haveria uma obrigação de implementarmos o aprimoramento cognitivo dos indivíduos não tem recebido muita atenção. Neste artigo, eu defendo a tese segundo a qual o Estado tem, em princípio, a obrigação de promover o aprimoramento cognitivo dos seus cidadãos. O argumento envolve uma análise do denominado efeito Flynn e das políticas públicas para a educação de crianças superdotadas. A obrigação que o Estado tem de promover o aprimoramento cognitivo de seus cidadãos está subordinada ao conhecimento disponível sobre a eficácia e a segurança dos procedimentos para fins de aprimoramento cognitivo.

Biografia do Autor

Marcelo de Araujo, Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutorou-se em Filosofia pela Universidade de Konstanz, Alemanha, em 2002. Professor de Filosofia do Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professor de Ética da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Pesquisador Bolsisa de Produtividade do CNPq.

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Publicado

2017-08-30

Edição

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Artigos