Nota sobre a natureza da mulher na comunidade familiar e política segundo Platão, Aristóteles e Hegel

Autores

  • Marina Dos Santos Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5007/1677-2954.2018v17n2p159

Resumo

Este artigo pretende mapear, comparativamente, o lugar destinado à mulher no interior dos sistemas políticos de Platão, Aristóteles e Hegel a partir de um breve esboço de suas  concepções sobre a natureza humana e a natureza feminina. Pretender-se- á indicar em que medida há uma relação, ora de tensão, ora de complementaridade, no
modo como elementos descritivos e prescritivos operam para circunscrever o espaço da mulher à esfera privada do lar, no caso das perspectivas aristotélica e hegeliana, e como a subordinação de elementos descritivos a elementos prescritivos permitem que a mulher ascenda à esfera pública sob a perspectiva platônica. Após traçar esse esboço, buscar-se- á sugerir como essa tensão, no caso da filosofia política de Hegel, resultará, por um lado,
numa explícita negação dos direitos políticos da mulher e, por outro, na possibilidade de vislumbrar a igualdade civil e política entre homens e mulheres a partir de um dispositivo interno e inerente ao sistema hegeliano, a saber, a noção de “segunda natureza” como reposição ética do natural.

Biografia do Autor

Marina Dos Santos, Universidade Federal de Santa Catarina

Possui graduação (2003), mestrado (2006) e doutorado (2011) em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, concentrando seus estudos sobre a filosofia de Aristóteles. Tem experiência da área de Filosofia Antiga e atua como professora adjunta do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina.

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Publicado

2018-12-31

Edição

Seção

Dossiês