Tecnoliberdade: poder e política na era da Inteligência Artificial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1677-2954.2023.e95010

Palavras-chave:

Liberdade, Inteligência Artificial, Democracia, Poder político

Resumo

Este artigo aborda o conceito e as implicações da liberdade na era da Inteligência Artificial (AI) e suas tecnologias. A investigação destaca a grandeza e a complexidade dos problemas envolvidos: a liberdade humana e a Inteligência Artificial, e busca uma interconexão essencial entre eles. Embora não haja respostas definitivas para os desafios teóricos e práticos que surgem dessa interação, acredita-se que esses problemas merecem ser estudados. A questão central abordada é se a Inteligência Artificial favorece ou limita a experiência da liberdade humana. A hipótese defendida é que a Inteligência Artificial favorece a liberdade, na atualidade. O artigo inicia com uma breve revisão teórica sobre o conceito de liberdade na tradição filosófica ocidental e problematiza a ideia de liberdade e democracia na era da inteligência artificial. Propõe-se que a liberdade hoje deve ser compreendida como tecnoliberdade, pois é através das tecnologias de comunicação e informação digitais, em especial da inteligência artificial, que podemos pensar e vivenciar a liberdade. O objetivo é compreender a liberdade no contexto dos processos políticos, econômicos e sociais determinados pela inteligência artificial, buscando uma definição de liberdade que seja compatível com essa realidade.

Biografia do Autor

Celso Candido Azambuja, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)

Doutor. Professor de Filosofia Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), São Leopoldo/Porto Alegre, RS – Brasil. Pesquisador ad hoc CNPq/CAPES.

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Publicado

2023-12-13

Edição

Seção

Dossiê: Conceitos e concepções de liberdade / Concepts and conceptions of