Voluntary barbarians: Rousseau and anarchist anthropology

Authors

  • Mauro Dela Bandera UFPR

DOI:

https://doi.org/10.5007/1677-2954.2023.e94956

Keywords:

Rousseau, Anarchist anthropology, Liberty, Politics, Against the State

Abstract

In the Discourse on Inequality, Rousseau suggests a political counter-history that runs parallel to the great narrative of the fall, a non- or minimally entropic history, in which a kind of savage politics appears, practiced by peoples who choose to maintain their way of life, expressing a political conscious desire of not converting themselves to policed societies. Thus, if certain peoples did not have a State, it was not because of incapacity, retardation or cultural inferiority, but simply because they had neither the need nor the desire for it. Contrary to what one might imagine, this is not simply a question of pure primitives instinctively and obstinately rejecting the civilizational universe, but of voluntary barbarians with their constant and conscious political commitment to prevention, avoidance and non-assimilation.

References

ABENSOUR, Miguel. (org.). L’esprit des lois sauvages: Pierre Clastres ou une nouvelle anthropologie politique. Paris, Seuil, 1987.

BACHOFEN, B. “O selvagem, os selvagens: teoria das sociedades iniciadas”. Tradução de Kamila Babiuki. In: Os selvagens de Rousseau. (Org.) Leonardo Moreira, Fabien Pascal Lins, Milton Meira do Nascimento. Campinas: Editora Phi, pp. 31-52, 2021.

CHARBONNIER, Georges. Arte, linguagem, etnologia: entrevista com Claude Lévi-Strauss. Tradução Nícia Adam Bonatti. Campinas: Papirus, 1989.

CLASTRES, P. A sociedade contra o estado. Tradução de Theo Santiago. São Paulo: Cosac Naify, 2003.

CLASTRES, P. “Entre o silêncio e o diálogo”. In: Lévi-Strauss: L'arc. São Paulo: Documentos, 1968.

CORBIN Stéphane. « Rousseau anthropologue de la domination ». L'Homme & la Société, 2001/1 (n° 139), p. 123-144. DOI : 10.3917/lhs.139.0123. URL : https://www.cairn.info/revue-l-homme-et-la-societe-2001-1-page-123.htm.

FERDINAND, Malcom. Uma ecologia decolonial: pensar a partir do mundo caribenho.Tradução Letícia Mei. São Paulo: Ubu Editora, 2022.

GOLDSCHMIDT, V. Anthropologie et politique: les principes du système de Rousseau. Paris: Librairie philosophique J. Vrin, 1983.

GRAEBER; WENGROW. O despertar de tudo: uma nova história da humanidade. Tradução Denise Bottmann, Claudio Marcondes. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.

LA BOÉTIE. Discurso da servidão voluntária. Tradução de Laymert Garcia dos Santos. São Paulo: Brasiliense, 1999.

LEFORT, Claude. As formas da história: ensaios de antropologia política. Tradução de Luiz Roberto Salinas Fortes e Marilena de Souza Chaui. São Paulo: Editora Brasiliense, (1979) 1990.

LÉVI-STRAUSS, Claude. “Jean-Jacques Rousseau, fundador das ciências do homem”. In: Antropologia estrutural dois. Tradução de Beatriz Perrone-Moisés. São Paulo: Cosac Naify, p. 45-55, 2013.

LÉVI-STRAUSS, Claude. O pensamento selvagem. Tradução de Tânia Pellegrini. Campinas: Papirus, 2008.

LÉVI-STRAUSS, Claude. Totemismo hoje. Tradução de Malcom Bruce Corrie. São Paulo: Abril Cultural, 1976.

LEVI-STRAUSS, Claude. Tristes Trópicos. Tradução de Wilson Martins. São Paulo: Editora Anhembi, 1957.

MONTAIGNE. Ensaios. Tradução Sérgio Milliet. São Paulo: Editora 34, 2016.

MONTESQUIEU. O espírito das leis. Tradução de Cristina Murachco. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

PESTIEAU, Joseph. “Peuples sans Etat et sans histoire – Réflexion sur le conservatisme et sur Rousseau”. Dialogue (Revue Canadienne de Philosophie), vol. XXI, n. 3, pp. 473-82, 1982.

ROUSSEAU. Escritos sobre a política e as artes. Organizado por Pedro Paulo Pimenta; traduzido por Pedro Paulo Pimenta [et al.]. São Paulo: Editora UBU; Editora UNB, 2020.

ROUSSEAU. Œuvres Complètes de Jean-Jacques Rousseau. Ed. Bernard Gagnebin e Marcel Raymond. Paris: Gallimard. 5 volumes. (Col. Bibliothèque de la Pléiade), 1959-1995.

SAHLINS, Marshall. (1972) Âge de pierre, âge d’abondance: l’économie des sociétés primitives. Traduit par Tina Jolas. Paris: Gallimard, 1976.

SAHLINS, Marshall. O “pessimismo sentimental” e a experiência etnográfica: por que a cultura não é um “objeto” em via de extinção (parte I e II). Tradução de Déborah Danowski e Eduardo Viveiros de Castro. Mana, Rio de Janeiro, v. 3, n. 1, p. 41-73, n. 2, p. 103-150, 1997.

SCOTT, J. C. Against the grain: a deep history of the earliest states. New Haven & London: Yale University Press, 2017.

SCOTT, J. C. The Art of Not Being Governed: An Anarchist History of Upland Southeast Asia. New Haven & London: Yale University Press, 2009.

Published

2023-12-13

Issue

Section

Dossiê: Conceitos e concepções de liberdade / Concepts and conceptions of