O sentido das paixões e emoções: Agostinho e Tomás de Aquino
DOI:
https://doi.org/10.5007/1677-2954.2024.e90859Palabras clave:
História Medieval, Ciência Cristã, Sensação, Filologia, Evolução CulturalResumen
Este artigo apresenta uma revisão bibliográfica crítica sobre as características centrais da doutrina medieval das paixões de Agostinho e Tomás de Aquino. Os filósofos da Idade Média explicavam os fenômenos afetivos sob a perspectiva cristã, além de especulações corporais físicas e éticas derivadas das obras gregas clássicas. Assim como nos textos helênicos que a precederam, o termo “emoções” não foi utilizado na doutrina clássica latina, nem tampouco na Bíblia. As principais palavras utilizadas por Agostinho e Aquino derivam-se de passiones e affectiones animae. Para a linguagem teológica cristã, as paixões são estados degenerados e conflituosos do ser humano decorrentes da punição pela desobediência de Adão e Eva perante Deus, ou seja, frutos do pecado original. Nesse sentido, Aquino descreve 11 espécies de paixões – seis do apetite concupiscível e cinco do apetite irascível – definidas como movimentos do apetite sensitivo provenientes das partes inferiores da alma, acompanhados de alterações corporais ou orgânicas, que correspondem, respectivamente, ao declínio da alma e a desobediência do corpo do homem “caído”.
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