Simpatia e ética do cuidado
DOI:
https://doi.org/10.5007/1677-2954.2025.e98331Palavras-chave:
Simpatia, Cuidado, Identidade, HumeResumo
Este artigo procura reconstruir duas posições sobre a simpatia: de um lado, a de David Hume no iluminismo escocês do século XVIII, e, de outro, a de Michael Slote, inserido na ética do cuidado e em nosso século. Primeiramente, buscaremos apresentar a posição humeana, e as críticas que lhe foram dirigidas ainda em sua época, e como ele as respondeu na Investigação sobre os Princípios da Moral (1751), ao recorrer ao princípio de humanidade. Em um segundo momento, apresentaremos a posição de Slote, que vê Hume como o grande predecessor da ética do cuidado e a simpatia (ou, atualmente, a empatia) como o cimento da moral, e defende o movimento chamado de empatia com a empatia. Por fim, utilizando a crítica de Annette Baier, defenderemos que a teoria da empatia de Slote não dá conta de responder a alguns problemas éticos atuais.
Referências
ANTONY, Louise. Different voices or perfect storm: why are there so few women in philosophy? In: Journal of Social Philosophy, v. 43, n. 3, p. 227-255, 2012.
BAIER, Annette. Is empathy all we need? In: Abstracta, volume edição especial V, p. 28-41, 2010.
GILLIGAN, Carol. In a different voice: psychological theory and women’s development. 38ª ed. Cambridge: Harvard University Press, 2003.
KUHNEN, Tânia. Ética do cuidado: diálogos necessários para a igualdade de gênero. Florianópolis: Editora da UFSC, 2021.
HOBBES, Thomas. Leviatã ou matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil. Os Pensadores. Tradução: João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. 2ªed. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
HUME, David. Tratado da natureza humana. Tradução: Deborah Danowski. 2ªed. São Paulo: UNESP, 2009.
HUME, David. Uma investigação sobre os princípios da moral. Tradução: José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: Editora da UNICAMP, 1995.
HUME, David. Ensaios morais, políticos e literários. Tradução: Luciano Trigo. Rio de Janeiro: Topbooks, 2004.
MACKIE, J.L. Hume´s moral theory. London: Routledge, 1980.
MARTIN, Marie A. Utility and Morality: Adam Smith’s Critique of Hume. In: Hume Studies, v. XVI, n. 2, p. 107-120, 1990.
RORTY, Amélie. ‘Prides produces the idea of self’: Hume on moral agency. In: Australasian Journal of Philosophy, v. 68, n. 3, p. 255-269, 1990.
SLOTE, Michael. Moral sentimentalism. New York: Oxford University Press, 2010.
SLOTE, Michael. The ethics of care and empathy. New York: Routledge, 2007.
SLOTE, Michael. Reply to Noddings, Cottingham, Driver and Baier. In: Abstracta, volume edição especial V, p.42-61, 2010.
SMITH, Adam. Teoria dos sentimentos morais. Tradução: Lya Luft. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença

This obra is licensed under a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional