O Pibid como práxis extensionista: potencialidades formativas na iniciação à docência
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-0221.2025.e107760Palavras-chave:
Pibid, Extensão Universitária, Formação de Professores, Políticas Públicas EducacionaisResumo
Este artigo analisa o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) como uma práxis extensionista no âmbito da formação inicial docente no Brasil. Embora institucionalmente vinculado à política de ensino, o Pibid mobiliza princípios e práticas que dialogam com os fundamentos da extensão universitária, conforme a Resolução CNE/CES nº 7/2018 e a Política Nacional de Extensão Universitária. A pesquisa, de abordagem qualitativa, baseia-se na análise documental e de conteúdo de marcos legais e dados da avaliação nacional do programa (CAPES/FGV). Utiliza-se como referência os “5 Is” da extensão: interação dialógica, interdisciplinaridade, interinstitucionalidade, impacto social e impacto na formação. Os resultados revelam a sinergia entre o Pibid e a extensão, evidenciando sua potência formativa e transformadora. Conclui-se que sua institucionalização como política de extensão é fundamental para fortalecer a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, bem como o compromisso social da universidade com a educação básica.
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