Dos silenciamentos à construção de reconhecimentos, cumplicidades e autorias de si a partir de um olhar interseccional: um relato de experiência
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-0221.2024.e96200Palavras-chave:
Educação, Juventudes Negras, Literatura Negra, InterseccionalidadeResumo
Este relato de experiência apresenta uma ação extensionista desenvolvida, em 2019, entre a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e a Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania (SEDESC) de Mariana (MG), junto ao Programa/Serviço Jovem Aprendiz. Nosso objetivo foi mediar reflexões sobre o (re)conhecimento das identidades juvenis marianenses, numa perspectiva interseccional, buscando contribuir para uma formação cidadã crítica da realidade social, a partir das narrativas de autoras/es negras/os. Utilizamos o método de Oficinas em Dinâmicas de Grupo. Como resultados, identificamos uma ausência de escritoras/es negras/os em espaços institucionais, situação suprida por manifestações artísticas literárias, repletas de críticas sociais, que possibilitaram a reflexão sobre os processos de desigualdade social, bem como caminhos para o seu enfrentamento. Concluímos que estas manifestações foram fundamentais para a (re)construção das narrativas a partir das vozes e trajetórias das/dos jovens.
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