Letramento e formas de resistência à economia escriturística
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-8412.2009v6n2p67Resumo
Este texto examina inicialmente concepções acerca do letramento, da escolaridade e da alfabetização que excluem os não-alfabetizados da possibilidade de raciocinar logicamente. Em seguida, apresenta evidências discursivas de que essa visão é equivocada. Comparando o genérico da premissa maior do silogismo com genéricos que ocorrem na atividade linguageira de uma contadora de histórias não-alfabetizada e também um texto escrito por um interno de um hospital psiquiátrico, concluímos que existem formas alternativas ao discurso lógico altamente letrado. Discutimos que tais formas não são levadas em consideração pela escola, mas apresentam lugares de resistência à economia escriturística dominante.
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