O que estranha o olhar do analista de discurso? Um exercício de reconhecimento do fato discursivo

Autores

  • Diego Vieira Braga Universidade Católica de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8412.2017v14nespp2428

Resumo

O artigo discute a prática do analista de discurso que trabalha na perspectiva de Michel Pêcheux, especialmente a abordagem do objeto de estudo. Inicialmente, focalizamos a natureza teórica do olhar do analista, com ênfase em princípios que orientam e conferem especificidade ao fazer analítico. Em seguida, discutimos o que entendemos por fatos discursivos e como as noções de falta, excesso e estranhamento propostas por Ernst (2009) auxiliam o analista a reconhecê-los. Sugerimos que essas noções são úteis para além da necessidade operacional de definição do corpus discursivo. Especificamente, a noção de estranhamento parece produtiva para que o pesquisador satisfaça requisitos teóricos da perspectiva pêcheuxtiana. Finalmente, realizamos um exercício de análise para explorar o valor heurístico das considerações precedentes.

Biografia do Autor

Diego Vieira Braga, Universidade Católica de Pelotas

Mestre em Letras pela Universidade Católica de Pelotas (UCPel) e doutorando em Letras pela mesma instituição, com bolsa PROSUP/CAPES. Integrante do Laboratório de Estudos em Análise de Discurso, vinculado ao Programa de Pós-graduação em Letras da UCPel.

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Publicado

2017-11-24