O estranhamento, o excesso e a falta na construção de um dispositivo metodológico para a análise discursiva da voz

Autores

  • Jael Sânera Sigales Gonçalves Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense / Universidade Católica de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8412.2017v14nespp2460

Resumo

Considerando as noções de “falta”, “excesso” e “estranhamento”, em uma perspectiva materialista da Análise de Discurso, argumento que esses três elementos são constitutivos do processo de construção de um dispositivo metodológico em que a materialidade prosódica da voz seja tomada como significante. Apresento o processo de construção de um objeto discursivo de investigação do discurso do Ministro-relator do Supremo Tribunal Federal brasileiro durante o julgamento do “Mensalão”.  Também exponho como, desde os primeiros gestos de leitura e escuta do arquivo, alcancei o “discurso reportado” como uma regularidade desse discurso, marcado pela presença do outro na linearidade linguística. Em conclusão, discuto as três inquietações constitutivas da construção do dispositivo: a transcrição das falas do Ministro; o estatuto dado ao “discurso relatado” na pesquisa; e a ponderação entre exaustividade horizontal e exaustividade vertical.

Biografia do Autor

Jael Sânera Sigales Gonçalves, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense / Universidade Católica de Pelotas

Graduada (2008), Mestre (2011) e Doutoranda em Letras pela Universidade Católica de Pelotas (UCPel). Graduada em Direito (2012) pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Técnica em Assuntos Educacionais do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense (2009 – atual). E-mail: jaelgoncalves@gmail.com.

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Publicado

2017-11-24