Ramo rê se rai dá certo: o enfraquecimento da fricativa /v/ no falar de Fortaleza-CE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8412.2018v15n2p3055

Resumo

Com base na sociolinguística variacionista, abordamos o comportamento variável da fricativa /v/ em início de palavra, no falar popular de Fortaleza, como em [v]ai (manutenção) ~ [h]ai (enfraquecimento/aspiração/reificação). Objetivamos analisar quais fatores intralinguísticos e/ou extralinguísticos condicionam o enfraquecimento de /v/ no falar da capital cearense. Para tanto, analisamos a fala de 48 informantes disponíveis no acervo sonoro do NORPOFOR. As análises estatísticas realizadas com o auxílio do Goldvarb X apontam que a manutenção de /v/ ocorre em 93,4% das ocorrências, enquanto que 6,6% apresentam a variante aspirada. Verificamos também que são relevantes para o enfraquecimento de /v/ e, nessa mesma ordem, as seguintes variáveis intralinguísticas e extralinguísticas: dimensão do vocábulo (trissílabos ou maiores), faixa etária (falantes com 50 anos ou mais), frequência de uso (termo extremamente usual e termo usual), tonicidade (sílabas tônicas), escolaridade (0-4 anos de escolarização) e contexto fonológico subsequente ([õ], [?)], [a], [?], [u] e [?]).

Biografia do Autor

Ana Germana Pontes Rodrigues, Universidade Estadual do Ceará (UECE)

Doutoranda e mestre em Linguística Aplicada pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Possui especialização em Semiótica Aplicada à Literatura e Áreas Afins e graduação em Letras - Língua Portguesa também pela UECE. Atua na área de Linguístca com ênfase em Sociolinguística variacionista e Dialetologia. Atualmente, é professora da rede pública de ensino básico de Fortaleza - CE.

Aluiza Alves de Araújo, Universidade Estadual do Ceará (UECE)

Doutora e mestre em Linguística pela Universidade Federal do Ceará. Graduada em Letras pela Universidade Estadual do Ceará. Atualmente, é professora adjunta da graduação em Letras e do Programa de Pós-Graduação da Universidade Estadual do Ceará. Atua na área de Linguística com ênfase em Sociolinguística variacionista e Dialetológia.

Maria Lidiane de Sousa Pereira, Universidade Estadual do Ceará (UECE)

Doutoranda em Linguística Aplicada pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada da Universidade Estadual do Ceará. Atualmente, é bolsista de doutorado pela CAPES. Atua na área de Linguística com ênfase em Sociolinguística.

Downloads

Publicado

2018-07-12

Edição

Seção

Artigo