Tratamento, respeito, direitos e sensibilidade: o fenômeno ‘justiça organizacional’ no contexto universitário sob a perspectiva de docentes-gestores

Autores

  • Lilia Aparecida Kanan UNIPLAC-Universidade do Planalto Catarinense
  • José Carlos Zanelli UFSC-Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5007/1983-4535.2012v5n2p251

Resumo

Caracterizar a justiça organizacional sob a perspectiva de docentes-gestores de universidades de Santa Catarina/Brasil constituiu objetivo desse artigo. A pesquisa, de caráter qualitativo com enfoque exploratório e descritivo, contou com a participação de docentes-gestores de universidades de Santa Catarina. Nos resultados, o que prevalece nas manifestações dos participantes é a percepção de injustiça organizacional, pois necessidade, igualdade ou eqüidade não constituem ou pouco constituem critérios para a determinação da distribuição de recursos ou recompensas, dos benefícios, das gratificações e das oportunidades de desenvolvimento e capacitação profissional, uma vez que subjetividade, conveniências, favorecimentos, interesses pessoais e privilégios prevalecem no processo distributivo de muitas universidades. Os meios utilizados pela chefia para atingir os resultados são percebidos como justos pela maioria dos docentes-gestores; todavia, as etapas anteriores à distribuição dos recursos e das recompensas e a maneira como se processa a decisão não gozam da mesma avaliação. Sobre justiça interacional-social os participantes evidenciam o respeito no tratamento dispensado pelas chefias; entretanto, poucos percebem sensibilidade de parte das mesmas aos seus problemas pessoais. Há prevalência de percepções de injustiça interacional-informacional, vez que o sistema defeedback, a transmissão, explicação e justificativas para as decisões tomadas pelas chefias ou não ocorrem ou são comprometidos.

Biografia do Autor

Lilia Aparecida Kanan, UNIPLAC-Universidade do Planalto Catarinense

Graduação em Psicologia pela Universidade Tuiuti do Paraná (1983), Mestrado em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina (2000) e Doutorado em Psicologia pela Universidade Federal de SC (2008), sob orientação do Prof. Dr. José Carlos Zanelli. É psicóloga, professora de cursos de Graduação, Especialização Lato Sensu e pesquisadora do Programa de Pós Graduação Mestrado em Saúde Coletiva da UNIPLAC (SC). Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia Organizacional e do Trabalho, atuando principalmente nos seguintes temas: vínculos nas organizações, comportamento humano nas organizações, psicologia do trabalho, saúde do trabalhador, Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), gestão universitária, educação superior, entre outros.

José Carlos Zanelli, UFSC-Universidade Federal de Santa Catarina

Possui graduação em Psicologia pela Universidade de Brasília (1974), especialização em Psicologia Organizacional e do Trabalho pelo Instituto Sedes Sapientiae (1978), mestrado em Psicologia Social das Organizações pelo Instituto Metodista de Ensino Superior de São Bernardo do Campo (1984), doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1992), pós-doutorado pela Universidade de São Paulo (1998), com foco nas ações de uma gestão estratégica, e pós-doutorado pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (2007), com foco nas teorias e tratamento do estresse nas organizações de trabalho. É professor associado no Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina, docente e pesquisador do Curso de Graduação, do Programa de Pós-Graduação em Psicologia e, entre 1986 a 2006, do Curso de Pós-Graduação em Administração. Tem sido orientador de dezenas de pesquisas, dissertações de mestrado e teses de doutorado, bem como participou de dezenas de bancas de avaliação de trabalhos acadêmicos. Esteve na Universidade do Missouri EUA, durante os anos de 1990 e 1991, e na Universidade da República Uruguai, no segundo semestre de 2007, como pesquisador visitante.

Downloads

Publicado

2012-08-06

Edição

Seção

Artigos