O campo científico na percepção de docentes de uma universidade: entre regras e estratégias de sobrevivência

Autores

  • Juliana Cristina Teixeira Universidade Federal de Minas Gerais
  • Mônica Carvalho Alves Cappelle Universidade Federal de Lavras
  • Denis Alves Perdigão Universidade Federal de Minas Gerais
  • Luiz Marcelo Antonialli Universidade Federal de Lavras

DOI:

https://doi.org/10.5007/1983-4535.2013v6n3p86

Resumo

O contexto da pesquisa científica pode ser considerado um campo social, como um universo relativamente autônomo de relações sociais específicas. Se for considerada a concepção de Bourdieu (1989, 1996, 2004a) em relação aos campos sociais, se pode dizer que a sociedade é composta por vários campos diversos, vários espaços que possuem uma autonomia relativa, com regras e características próprias de funcionamento. Cada um desses campos funciona, segundo o autor, como microcosmos sociais que possuem valores, objetos e interesses específicos. Nesse contexto, o objetivo do presente trabalho é analisar a percepção dos docentes acerca das (1) regras e normas do campo científico e acerca das (2) estratégias que empreendem para atuar ou sobreviver neste meio. Quanto aos fins, a pesquisa é descritiva e a abordagem utilizada foi qualitativa. Os sujeitos da pesquisa foram docentes da Universidade Federal de Lavras, localizada no interior de Minas Gerais. A coleta de dados se deu por meio de entrevistas pessoais conduzidas por meio de roteiros semi-estruturados. As principais regras do meio científico observadas pelos docentes foram: publicar, relacionar-se e obter recursos. Vários entrevistados se vêem desenvolvendo estratégias para sobreviver neste campo, as quais se relacionam diretamente ao atendimento a tais regras. A busca por reconhecimento dos próprios pares dentro do campo se mostrou significativa, assim como a busca por elementos de distinção. Destaca-se, com o estudo, a demonstração do contexto de pressão vivenciado pelos docentes entrevistados, como a significativa necessidade de publicação.

Biografia do Autor

Juliana Cristina Teixeira, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutoranda em Administração pelo Centro de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal de Minas Gerais – CEPEAD/UFMG. Mestre em Administração pelo Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal de Lavras – PPGA/UFLA. Pesquisadora do Núcleo de Estudos Organizacionais e Sociedade (NEOS/UFMG).


Mônica Carvalho Alves Cappelle, Universidade Federal de Lavras

Professora Adjunta do Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras – DAE/UFLA. Doutora em Administração pelo Centro de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal de Minas Gerais – CEPEAD/UFMG. Mestre em Administração pela Universidade Federal de Lavras – PPGA/UFLA.

Denis Alves Perdigão, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutorando em Administração pelo Centro de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal de Minas Gerais – CEPEAD/UFMG. Mestre em Administração pela Faculdade de Estudos Administrativos (FEAD). Pesquisador do Núcleo de Estudos Organizacionais e Sociedade (NEOS/UFMG).

Luiz Marcelo Antonialli, Universidade Federal de Lavras

Professor Associado do Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras – DAE/UFLA. Doutor em Administração pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo – FEA/USP. Mestre em Administração Rural pela Escola Superior de Agricultura de Lavras – ESAL.

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Publicado

2013-09-09

Edição

Seção

Artigos