De professor a chefe de departamento: um estudo sobre o desenvolvimento das competências gerenciais desses profissionais numa universidade pública
DOI:
https://doi.org/10.5007/1983-4535.2018v11n1p184Resumo
Esta pesquisa qualitativa interpretativista básica responde a como professores da Faculdade de Odontologia de Araçatuba/UNESP desenvolvem suas competências gerenciais para atuarem como chefes de departamentos de ensino; e o que esses professores entendem por um chefe de departamento competente, ou seja, que concepção dão ao seu trabalho e quais conhecimentos mobilizam para a prática da sua função. As entrevistas semiestruturadas revelaram que o entendimento do trabalho pelos chefes é funcional, ou seja, supervisionar e controlar atributos técnicos da função, atuando como instrumentos burocráticos da gestão universitária. Os saberes teóricos limitam-se a conhecer as legislações da Universidade. Quanto aos saberes práticos, as rotinas administrativas poderiam ficar a cargo dos funcionários administrativos enquanto que as competências para o saber-agir são desenvolvidas por meio da observação das ações de colegas, pela experiência em funções anteriores e trajetória docente na Universidade. Os sentimentos e experiências no trabalho mais marcantes são cobrança por resultados e problemas nos relacionamentos interpessoais com docentes e técnicos-administrativos. A motivação para a gestão universitária é somente financeira. Os achados deste estudo contribuem teoricamente ao abandonar abordagens prescritivas e centrar sua discussão na imagem que o chefe de departamento constrói de si mesmo como gestor nas suas práticas sociais no trabalho.Downloads
Publicado
2018-01-01
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Seção
Artigos
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