A percepção dos servidores técnico-administrativos da UFJF quanto à adoção do trabalho remoto no contexto pós pandemia da COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.5007/1983-4535.2024.e95732Palavras-chave:
Trabalho Remoto, Técnicos Administrativos em Educação, Pandemia, Administração Pública, Gestão UniversitáriaResumo
Este estudo teve como objetivo analisar a percepção dos servidores técnico-administrativos em educação (TAE) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) quanto à adoção do trabalho remoto no contexto pós-pandemia. Foi realizada uma pesquisa descritiva, de campo, com abordagem quantitativa, por meio da aplicação de questionário fechado em meio eletrônico aos TAES da UFJF em situação ativa e permanente. A partir da amostra final de 277 servidores foi realizado o tratamento estatístico dos dados por meio do software R revelando um perfil composto em sua maioria por mulheres, pessoas que não têm filhos, com alto nível de escolaridade, que trabalham na UFJF entre cinco à dez anos, ocupam cargos de nível D, não exercem funções ligadas à gestão ou chefia e lotados no campus de Juiz de Fora, em unidades acadêmicas. Se destacaram na pesquisa questões como o isolamento social, a hiperconexão, o direito à desconexão e os recursos para trabalhar. A maior parte dos TAES tem uma opinião favorável ou neutra em relação ao teletrabalho e gostaria de continuar trabalhando remotamente, com eventuais presenças ao local de trabalho. Por fim, constatou-se haver associação entre a variável “opinião caso a UFJF adotasse o teletrabalho” e as variáveis, idade, ter ou não filhos, tempo de trabalho na UFJF, fornecimento dos meios necessários para o trabalho remoto e avaliação dos recursos próprios para o teletrabalho.
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