Leituras e traduções: O Padre Francisco Pinto na Serra de Ibiapaba

Autores

  • Cristina Pompa Universidade de São Paulo

Resumo

O relato de Claude d'Abbeville sobre a expedição no Maranhão de 1605, dirigida por "um personagem que se dizia descido do céu", foi interpretado, de Métraux em diante, como um exemplo paradigmático de "migração mística" tupinambá em busca da "Terra sem males". A partir de documentos jesuíticos, o artigo apresenta outras outras versões dessa famosa migração e realiza uma comparação entre as diferentes "leituras" de um mesmo episódio, evidenciando as "traduções" das alteridades antropológicas feitas pelos atores sociais, de acordo com seus sistemas simbólicos, suas práticas, seus interesses. Revela-se, assim, um quadro de estratégias políticas e culturais de redefinição permanente de identidades, no interior de uma situação colonial em rápida transformação.

Biografia do Autor

Cristina Pompa, Universidade de São Paulo

Possui graduação em Letras pela Universita degli Studi La Sapienza de Roma, mestrado em Antropologia Social (1995) e doutorado em Ciências Sociais (2001) pela Universidade Estadual de Campinas. Foi professora da USP - Escola de Artes, Ciências e Humanidades, junto ao Curso de Gestão de Políticas Públicas e pesquisadora do Cebrap - Centro Brasileiro de Análise e Planejamento. Atualmente é Professor adjunto no curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Paulo- Unifesp. Desenvolve pesquisas nas áreas de antropologia e história, atuando principalmente nos seguintes temas: antropologia da religião, história indígena e das missões, identidades étnicas e Nação.

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Publicado

1999-01-01

Como Citar

POMPA, Cristina. Leituras e traduções: O Padre Francisco Pinto na Serra de Ibiapaba. Ilha Revista de Antropologia, Florianópolis, v. 1, p. 139–167, 1999. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ilha/article/view/14515. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos