Temporalidade, ética e contingência na pós-colônia africana: esperando por Deus em Gana

Autores/as

  • Bruno Reinhardt UFSC

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8034.2017v19n2p175

Resumen

O presente artigo investiga o emaranhamento entre as temporalidades pentecostal e pós-colonial em Gana através de uma viagem etnográfica a um retiro de oração. Atwea é uma montanha de esperança, onde  peregrinos de todo o país “esperam por Deus” através de jejuns e orações. Argumento que, diferente de mero reflexo ou reação a um contexto de crise, a prática de “esperar por Deus” (twen awrade ou wait on/for God) deve ser entendida como uma modalidade de navegação ética por tempos inerentemente contingentes. Ela oscila e tenta orquestrar múltiplos cronótopos, tempos-espaços narrativos e economias de agência centrados na salvação, nos milagres e na oposição demoníaca. Esperar por Deus aparece assim como uma tecnologia  do sujeito que permite aos pentecostais de Gana engajar com a contingência pós-colonial tanto como um contexto de emergência e fechamento temporal quanto como um ambiente grávido de futuros emergentes.

Biografía del autor/a

Bruno Reinhardt, UFSC

Possui graduação em Ciências Sociais pela UFMG (2003), mestrado em Antropologia Social pela UnB (2006) e doutorado em Antropologia pela Universidade da Califórnia, em Berkeley (2013). Pesquisador pós-doc do Departamento de Filosofia e Estudos da Religião da Universidade de Utrecht, Países Baixos, entre 02/2014 e 10/2016. Atualmente é pós-doc (PNPD) no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFSC. Tem experiência na área de Antropologia, atuando principalmente nos seguintes temas: antropologia da religião, estudos africanos, antropologia linguistica e teoria antropológica

Publicado

2018-03-05

Cómo citar

REINHARDT, Bruno. Temporalidade, ética e contingência na pós-colônia africana: esperando por Deus em Gana. Ilha Revista de Antropologia, Florianópolis, v. 19, n. 2, p. 175–212, 2018. DOI: 10.5007/2175-8034.2017v19n2p175. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ilha/article/view/2175-8034.2017v19n2p175. Acesso em: 3 jul. 2024.

Número

Sección

Dossiê Antropologia e Crítica Pós-colonial