Uma proposta de incorporação dos estudos sobre inovação nas pesquisas em jornalismo

Autores

  • Carlos Eduardo Franciscato Universidade Federal de Sergipe

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-6924.2010v7n1p8

Resumo

 

O termo ‘inovação’ tem uso corrente no setor produtivo, por ser um indicador de um movimento de geração de conhecimento vinculado à produção. Da mesma forma, agências de fomento à pesquisa apóiam projetos que articulem a ciência ao desenvolvimento de conhecimento aplicado ao ambiente produtivo. Embora na raiz da idéia de inovação exista uma identidade com a investigação, a descoberta e o crescimento do saber à semelhança da academia, os estudos em jornalismo escassamente incorporam esta perspectiva aplicada do conhecimento científico na forma de uma terminologia e conceituação adequadas ao avanço dos estudos sobre a atividade jornalística. O objetivo deste artigo é investigar as razões deste distanciamento, mesmo sendo o jornalismo uma atividade social que poderia se beneficiar diretamente da aplicação do conhecimento científico. Procuraremos também desenvolver o termo ‘inovação’ para além da formulação conceitual frágil que tem caracterizada sua utilização. Indicaremos que, no jornalismo, uma dimensão mais complexa da idéia de inovação exige considerar três vertentes deste fenômeno (inovação tecnológica, organizacional e social), para, assim, possibilitar uma maior densidade conceitual e superar um viés excessivamente tecnológico em suas abordagens.

 

Biografia do Autor

Carlos Eduardo Franciscato, Universidade Federal de Sergipe

Jornalista, professor da Universidade Federal de Sergipe. Doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia. Atualmente é presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor).

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Publicado

2010-04-27

Edição

Seção

Núcleo Temático