Entre fato e ficção: personagens compostos e fictícios ou fraude em jornalismo?
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-6924.2015v12n2p238Resumo
Situado na interface entre jornalismo e literatura ao mesclar investigação factual às estéticas narrativas da ficção, o jornalismo literário enfrenta o desafio de produzir obras ambíguas. Um dos fatores nesse sentido é o uso de personagens compostos, construídos a partir de características biográficas de vários entrevistados que o repórter concentra num único personagem. Neste artigo, discutimos os limites entre fato e ficção nesse tipo de narrativa a partir de duas instâncias. A primeira é a histórica, por meio dos perfis de Hugh Griffin Flood, do jornalista estadunidense Joseph Mitchell (1908-1996), publicados na revista The New Yorker nos anos 1940. A segunda é a ênfase na separação entre personagens reais e imaginários, tratada como fraude em jornalismo a partir dos anos 1980 devido a casos como o de Janet Cooke no The Washington Post e o de Jason Blair, no The New York Times, em 2003.
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