A escolha de Jolie e a representação midiática do câncer de mama hereditário

Autores

  • Marialice Emboava Professora do curso de Jornalismo da PUC Minas e doutoranda em Comunicação Social na UFMG, na linha de Processos Comunicativos e Práticas Sociais.

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-6924.2015v12n2p303

Resumo

 

Este trabalho investiga se a representação midiática da  mastectomia preventiva da atriz Angelina Jolie nos jornais Folha de São Paulo e O Globo contribuiu para que  o leitor entendesse o caráter hereditário do câncer de mama. A cobertura de câncer de mama hereditário tem   alto valor de noticiabilidade: envolve, por exemplo, medo, relações entre mãe e filhas,  significado sexual e social dos seios e o impacto da hereditariedade nas mulheres jovens como Jolie.  A análise  de conteúdo demonstrou que a cobertura  pode ter ajudado a diminuir o estigma que cerca a doença. E, se por um lado, pode ter aumentado a ansiedade das leitoras para saberem se são ou não  portadoras de genes modificados, por outro, pode ter supervalorizado o fator genético no caso do câncer de mama – ou seja, pode ter levado os leitores a acreditar que, se não há ninguém na família com câncer de mama, não há  risco de contraí-lo.

Biografia do Autor

Marialice Emboava, Professora do curso de Jornalismo da PUC Minas e doutoranda em Comunicação Social na UFMG, na linha de Processos Comunicativos e Práticas Sociais.

Possui graduação em Jornalismo e em Biblioteconomia, ambas pela Universidade de São Paulo (USP). É mestre em Relações Internacionais e Comunidade Europeia por Kent University, Inglaterra. Como jornalista, trabalhou a maior parte da sua carreira na Editora Abril. Atualmente, é professora assistente da PUC Minas. É também doutoranda da curso de pós-graduação em Comunicação Social da UFMG, na linha de Processos Comunicativos e Práticas Sociais.

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Publicado

2015-04-17

Edição

Seção

Núcleo Temático