A escolha de Jolie e a representação midiática do câncer de mama hereditário
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-6924.2015v12n2p303Resumo
Este trabalho investiga se a representação midiática da mastectomia preventiva da atriz Angelina Jolie nos jornais Folha de São Paulo e O Globo contribuiu para que o leitor entendesse o caráter hereditário do câncer de mama. A cobertura de câncer de mama hereditário tem alto valor de noticiabilidade: envolve, por exemplo, medo, relações entre mãe e filhas, significado sexual e social dos seios e o impacto da hereditariedade nas mulheres jovens como Jolie. A análise de conteúdo demonstrou que a cobertura pode ter ajudado a diminuir o estigma que cerca a doença. E, se por um lado, pode ter aumentado a ansiedade das leitoras para saberem se são ou não portadoras de genes modificados, por outro, pode ter supervalorizado o fator genético no caso do câncer de mama – ou seja, pode ter levado os leitores a acreditar que, se não há ninguém na família com câncer de mama, não há risco de contraí-lo.
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