Crítica da cobertura jornalística de homicídios do Diário Catarinense a partir das disposições de classe social

Autores

  • Anderson Dias Silveira Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-6924.2019v16n1p110

Resumo

Esta pesquisa, resultado de uma dissertação de mestrado, tem como objeto de estudo o tratamento jornalístico dos homicídios noticiados pelo Diário Catarinense, jornal do estado de Santa Catarina, Brasil. O objetivo é identificar, descrever e criticar as disposições de classe social presentes na cobertura jornalística de homicídios do periódico catarinense, com base no conceito de classe social de Jessé Souza (2003, 2009 e 2010). O período de investigação compreende as mortes violentas intencionais divulgadas pelo jornal no primeiro semestre de 2017 em Florianópolis/SC, observando as diferenças de tratamento de cada homicídio noticiado que evidenciam atravessamentos oriundos de nossa estrutura social. A hipótese é que as disposições de classe influenciam o tratamento jornalístico de homicídios e reforçam o desprezo da classe popular.

Biografia do Autor

Anderson Dias Silveira, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Jornalista, mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). E-mail: andersondiassilveira@yahoo.com.br

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Publicado

2019-07-09

Edição

Seção

Núcleo Temático