Narratividade jornalística e a inferência das redes sociais na produção de conteúdo do site de notícias HuffPost Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-6924.2019v16n1p169Resumo
Este artigo visa investigar o tratamento do conteúdo jornalístico na edição brasileira do pure player HuffPost, sobre um caso de assédio sexual sofrido por uma jornalista, e verificar como as redes sociais serviram de matéria-prima para a produção das notícias na cobertura desse acontecimento. O referencial teórico está embasado no conceito de gatewatching (BRUNS, 2011) e no fenômeno de contra-agendamento (SILVA, 2008), a partir da compreensão de que o uso das redes sociais nas redações alterou as práticas jornalísticas (BE DIAF, 2013), e que o público passa a influenciar a produção jornalística (ESTIENNE, 2007). A análise qualitativa das notícias – coletadas entre junho e novembro de 2016 – se ancora nas perspectivas teórico-metodológicas de análise pragmática da narrativa jornalística (MOTTA, 2008). Conclui-se que a cobertura jornalística enfatiza a desaprovação da opinião pública sobre o caso, e que as campanhas das redes sociais encadeiam ritmo e prolongam a narrativa jornalística.
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