C.W. Anderson: Todo pesquisador deve ter uma grande pergunta que vai levar décadas para ser respondida

Autores/as

  • Lívia de Souza Vieira Faculdade IELUSC

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-6924.2019v16n1p207

Resumen

Pesquisadores em jornalismo certamente vão se lembrar desse nome. O professor C.W. Anderson é muito conhecido no país pelo Relatório do Jornalismo Pós-Industrial, escrito em 2012 com Emily Bell e Clay Shirky, da Universidade de Columbia. Mas Anderson tem outros trabalhos igualmente importantes, incluindo o mais recente: “Apostles of Certainty: Data Journalism and the Politics of Doubt” (2018), livro no qual ele analisa como a ideia de jornalismo de dados mudou ao longo do tempo. "Descobri que certos aspectos do jornalismo de dados são mais parecidos com o que eram há cem anos do que há 50", afirma. Nesta entrevista, falamos sobre diversos assuntos como cultura do clique nas redações, etnografia (Anderson se descreve como um etnógrafo que estuda as notícias), política, crise no jornalismo e ensino. Para os pesquisadores em início de carreira, Anderson dá um conselho: “Se você tem uma grande pergunta, então torna-se menos importante se você publica muito ou pouco, porque será tudo voltado para respondê-la. O que acontece é que, na maioria das vezes, os acadêmicos nem sempre têm uma grande pergunta. Eles não são treinados para isso. Eles são treinados para ter perguntas pequenas”. Anderson é norte-americano e vive no Reino Unido há um ano e meio, ocupando a cadeira de professor da Universidade de Leeds. Nossa conversa aconteceu em fevereiro em seu escritório, durante uma tarde muito fria do inverno europeu.

Biografía del autor/a

Lívia de Souza Vieira, Faculdade IELUSC

Doutora em Jornalismo no Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina. Docente dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Faculdade IELUSC.

Publicado

2019-07-09