A crítica e o ombudsman: algumas interrogações sobre enunciação e discurso
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-6924.2019v16n1p57Resumo
Diante das inúmeras realizações de crítica de mídia, pretendemos examinar, aqui, a modalidade de crítica que se realiza nas intervenções de um ombudsman. Supomos, de um ponto de vista de análise do discurso, que tal intervenção fala sobre os modos de ser da prática jornalística em relação ao campo como um todo e em relação à política editorial do veículo. Ao mesmo tempo, supomos que as manifestações de um ombudsman também falam, ainda que como pressuposto, subentendido ou alusão, dos discursos que circulam em uma cultura. Para captar posicionamentos, exercícios de crítica e discursos, adotamos a observação das colunas de Paula Cesarino Costa, ombudsman da Folha de S. Paulo, jornal pioneiro ao inaugurar a função em 1989. Nosso foco será suas observações na semana anterior, concomitante e posterior à greve dos caminhoneiros, em maio de 2018, fato escolhido em virtude de seu alcance.
Referências
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