Gender violence and journalism: epistemological reflections on the narratives of an everyday problem
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-6924.2024.99493Keywords:
Gender, methodology, JournalismAbstract
Based on research conducted between 2012 and 2017, by observing the journalistic coverage of physical and symbolic violence against women in both national and Minas Gerais’ print, radio, television and digital media, we argue that there are intricate epistemological and theoretical dimensions that emerge for journalism studies. Empirical studies of multifaceted realities of social problems such as gender-based violence – physical and symbolic – indicate the need to go beyond what is apparent, understanding how, in journalism, regimes of making visible and generating invisibility are closely associated. Consequently, this research shows, through observation of verbal and audioverbovisual textualities, that gender-based violence is almost never characterized as such in journalism, just as dimensions of race, class, gender orientation and others are practically absent.
References
ANGÉLICO, Rocio; DIKENSTEIN, V., FISCHBERG, S. y MAFFEO, F. El feminicidio y la violencia de género en la prensa argentina: un análisis de voces, relatos y actores. Universitas humanística, n. 78, p. 281-303, 2014.
ANTUNES, E.; CALDEIRA, B. L.; CIRINO, J. A. F.; GOES, J. C. Como dizer a invisibilidade dos processos jornalísticos: (re) pensando metodologias. In: Martins, Bruno Guimarães; Moura, Maria Aparecida; Pessoa, Sônia Caldas; Vianna, Graziela Mello. (Org.). Experiências Metodológicas em textualidades midiáticas. Belo Horizonte: Relicário, 2019. p. 89-111.
AKOTIRENE, Carla. O que é interseccionalidade? Belo Horizonte: Letramento, 2018.
BERNS, Nancy. Degendering the problem and gendering the blame: Political discourse on women and violence. Gender & society, v. 15, n. 2, p. 262-281, 2001. https://doi.org/10.1177/089124301015002006
BENDER, Annah K. Ethics, methods, and measures in intimate partner violence research: The current state of the field. Violence against women, v. 23, n. 11, p. 1382-1413, 2017. https://doi.org/10.1177/1077801216658977
BULLOCK, Cathy Ferrand; CUBERT, Jason. Coverage of domestic violence fatalities by newspapers in Washington State. Journal of Interpersonal Violence, v. 17, n. 5, p. 475-499, 2002. doi:10.1177/0886260502017005001
BUENO, Samira et al. O crescimento de todas as formas de violência contra a mulher em 2022. Fórum Brasileiro De Segurança Pública. 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. São Paulo: Fórum Brasileiro de Segurança Pública, p. 136-145, 2023.
BUONANNO, Milly. Gender and media studies: progress and challenge in a vibrant research field. Anàlisi: quaderns de comunicació i cultura, v. 50, p. 0005-25, 2014. DOI: 10.7238/a.v0i50.2315
BYERLY, Carolyn M. Feminism, theory, and communication: Progress, debates, and challenges ahead. In: HARP D., LOKE J., BACHMANN I. (org). Feminist approaches to media theory and research. Palgrave Macmillan, 2018. p. 19-35.
CHABAUD-RYCHTER, Danielle; DESCOUTURES, Virginie; DEVREUX, Anne-Marie (Ed.). O gênero nas Ciências Sociais: releituras críticas de Max Weber a Bruno Latour. Editora Unesp, 2014.
CRENSHAW, K. A intersecionalidade na discriminação de raça e gênero. VV. AA. Cruzamento: raça e gênero. Brasília: Ação Educativa, 2004. p.7-16.
DEBERT, Guita Grin; GREGORI, Maria Filomena. Conceptualising violence and gender in the Brazilian context: New issues and old dilemmas. Feminist theory, v. 17, n. 2, p. 175-190, 2016.
DEKESEREDY, Walter S.; SCHWARTZ, Martin D. Theoretical and definitional issues in violence against women. In: RENZETTI, C. M.; EDLESON, J. L.; BERGEN, R. K. (Eds.). Sourcebook on violence against women. v. 2. London: Sage Publications, 2011. p. 3-22.
EASTEAL, Patricia; HOLLAND, K., BREEN, M. D., VAUGHAN, C., & SUTHERLAND. Australian media messages: Critical discourse analysis of two intimate homicides involving domestic violence. Violence against women, v. 25, n. 4, p. 441-462, 2019. https://doi.org/10.1177/1077801218780364
ESCOSTEGUY, A. C. D. Comunicação e gênero: a aventura da pesquisa. Porto Alegre: Edipucrs. 2008.
ESCOSTEGUY, A. C. D. Comunicação e Gênero no Brasil: discutindo a relação. Revista Eco-Pós, [S. l.], v. 23, n. 3, p. 103–138, 2020. DOI: 10.29146/eco-pos.v23i3.27643. Disponível em: https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/27643.
FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. São Paulo: Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2023. Disponível em:
https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2023/07/anuario-2023.pdf. Acesso em: 30 jan. 2024.
GILLESPIE, Lane Kirkland et al. Framing deadly domestic violence: Why the media’s spin matters in newspaper coverage of femicide. Violence against women, v. 19, n. 2, p. 222-245, 2013. https://doi.org/10.1177/1077801213476457
GINZBURG, C. Sinais: raízes de um paradigma indiciário. In: Mitos, emblemas, sinais. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. p.143-179.
GIUS, C., & LALLI, P. 'I Loved Her so Much, But I Killed Her'Romantic Love as a Representational Frame for Intimate Partner Femicide in Three Italian Newspapers. ESSACHESS-Journal for Communication Studies, v. 7, n. 2, p. 14, 2014.
HOROWITZ, Minna. 21 Gender and Media. In NAPOLI, P. (ed.). Mediated Communication - Handbooks of Communication Science. Berlin/Boston: Walter de Gruyter, v. 7, 2018. p. 395-410.
LEAL, B. S. Do texto à textualidade na comunicação: contornos de uma linha de investigação. In: LEAL, Bruno Souza; CARVALHO, Carlos Alberto de; ALZAMORA, Geane. (Org.). Textualidades Midiáticas. 1ed. Belo Horizonte: Selo PPGCOM, 2018. p. 17-34.
LEAL, Bruno Souza; ANTUNES, Elton; VAZ, Paulo Bernardo Ferreira. El acontecimiento como contenido de las noticias: repensando una metodología. Estudios sobre el mensaje periodístico, v. 18, n. 1, p. 383-398, 2012. http://dx.doi.org/10.5209/rev_ESMP.2012.v18.n1.39377
MARTINEZ, Monica; LAGO, Cláudia; LAGO, Mara Coelho de Souza. Estudos de gênero na pesquisa em jornalismo no Brasil: uma tênue relação. Revista Famecos, v. 23, n. 2, p. ID22464-ID22464, 2016.
MOURÃO, B. M. Violência contra a mulher: conceito válido? In: RATTON, J. L.; LIMA, R. S. de; AZEVEDO, R. G. (Eds.). Crime, Polícia e Justiça no Brasil. São Paulo: Editora Contexto, 2014. p. 285–292.
NETTLETON, Pamela Hill. Domestic violence in men's and women's magazines: Women are guilty of choosing the wrong men, men are not guilty of hitting women. Women's studies in communication, v. 34, n. 2, p. 139-160, 2011.
PASINATO, Wânia. “Femicídios” e as mortes de mulheres no Brasil. Cadernos pagu, p. 219-246, 2011. https://doi.org/10.1590/S0104-83332011000200008
PASINATO, W. Violência contra a mulher: segurança e justiça. In: RATTON, J. L.; LIMA, R. S. de; AZEVEDO, R. G. (Eds.). Crime, Polícia e Justiça no Brasil. São Paulo: Editora Contexto, 2014. p. 277-284.
PORTELLA, Ana Paula; RATTON, José Luiz. A teoria social feminista e os homicídios: o desafio de pensar a violência letal contra as mulheres. Contemporânea-Revista de Sociologia da UFSCar, v. 5, n. 1, p. 93-118, 2015.
RAMOS, S.; PAIVA, A. Mídia e violência: novas têndencias na cobertura da criminalidade e segurança no Brasil. Rio de Janeiro: Iuperj, 2007.
RICHARDS, Tara N.; KIRKLAND GILLESPIE, Lane; DWAYNE SMITH, M. Exploring news coverage of femicide: Does reporting the news add insult to injury?. Feminist Criminology, v. 6, n. 3, p. 178-202, 2011. https://doi.org/10.1177/1557085111409919
RYAN, Charlotte; ANASTARIO, Mike; DACUNHA, Alfredo. Changing coverage of domestic violence murders: A longitudinal experiment in participatory communication. Journal of interpersonal violence, v. 21, n. 2, p. 209-228, 2006. https://doi.org/10.1177/0886260505282285
RICOEUR, Paul. Tempo e narrativa. 3v. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010.
SAGOT, Montserrat. Ruta crítica de las mujeres afectadas por la violencia intrafamiliar en América Latina: estudios de caso de diez países. Washington DC: Organización Panamericana de la Salud, 2000.
SANEMATSU, M. Análise da cobertura da imprensa sobre violência contra as mulheres. In: VIVARTA, V. (Ed.). Imprensa e agenda de direitos das mulheres, uma análise das tendências da cobertura jornalística. Brasília: Andi Comunicação e Direitos e Instituto Patrícia Galvão, 2011. p. 55-103.
SILVA, Gislene; MAIA, Flávia Dourado. Análise de cobertura jornalística: um protocolo metodológico. Rumores, v. 5, n. 10, p. 18-36, 2011.
SOARES, B. M. A “conflitualidade” conjugal e o paradigma da violência contra a mulher. Dilemas: revista de estudos de conflito e controle social, 5(2), 2012. P.191-210.
VASCONCELLOS, F. B. de. Delitos de proximidade e violência doméstica. In: RATTON, J. L.; LIMA, R. S. de; AZEVEDO, R. G. (Eds.). Crime, Polícia e Justiça no Brasil. São Paulo: Editora Contexto, 2014. p. 293–298.
VIVARTA, V. (Ed.). Imprensa e agenda de direitos das mulheres, uma análise das tendências da cobertura jornalística. Brasília: Andi Comunicação e Direitos e Instituto Patrícia Galvão, 2011.
TAYLOR, Rae. Slain and slandered: A content analysis of the portrayal of femicide in crime news. Homicide Studies, v. 13, n. 1, p. 21-49, 2009. https://doi.org/10.1177/1088767908326679
WAISELFISZ, Julio Jacobo. Mapa da violência 2015: homicídio de mulheres no Brasil. Flacso Brasil, Brasília, 2015. Disponível em https://www.onumulheres.org.br/wp-content/uploads/2016/04/MapaViolencia_2015_mulheres.pdf. Acesso em 30 mar. 2016.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Ao encaminhar textos à revista Estudos em Jornalismo e Mídia, o autor estará cedendo integralmente seus direitos patrimoniais da obra à publicação, permanecendo detentor de seus direitos morais (autoria e identificação na obra), conforme estabelece a legislação específica. O trabalho publicado é considerado colaboração e, portanto, o autor não receberá qualquer remuneração para tal, bem como nada lhe será cobrado em troca para a publicação. As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões da revista. Citações e transcrições são permitidas mediante menção às fontes. A revista Estudos em Jornalismo e Mídia está sob a Licença Creative Commons
