Serviço social e formação permanente: possibilidades de superação de cotidianos de alienação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1982-02592020v23n1p72

Resumo

O presente artigo apresenta a importância da formação permanente para o serviço social como possibilidade de contribuição para o trabalho profissional numa perspectiva crítica e de afirmação de nosso projeto ético político. Para tanto, realiza uma discussão acerca da educação na sociedade de classes e o sentido da formação permanente em uma direção contra hegemônica aos interesses do capital, apresentando uma reflexão sobre seu papel numa perspectiva emancipatória. Retoma os princípios da Política de Educação Permanente do Conjunto CFESS/CRESS (2012), apontando os desafios e possibilidades presentes na efetivação desta política e na construção de espaços democráticos de formação após a graduação, ressaltando sua importância, aqui compreendida sob dois aspectos: a necessária suspensão da cotidianidade para o retorno a esta de maneira a contribuir criticamente com ações alinhadas ao projeto ético político profissional e, sua potência enquanto estratégia na manutenção da hegemonia de nosso projeto profissional e de formação.

Biografia do Autor

Priscila Fernanda Gonçalves Cardoso, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP

Professora Associada do curso de Graduação em Serviço Social e Pós Graduação em Serviço Social e Políticas Sociais da UNIFESP.

Terezinha de Fátima Rodrigues, Universidade Federal de São Paulo

Professora Adjunta do curso de Graduação em Serviço Social e Pós Graduação em Serviço Social e Políticas Sociais da UNIFESP.

Heloise Helena Pereira Nunes, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP

Assistente Social na UNIFESP, mestranda no Programa de pós graduação em Serviço Social e Políticas Sociais da UNIFESP

Referências

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Publicado

2020-02-13