Do século 19 ao século 21: permanência e transformações da solidariedade em economia
DOI:
https://doi.org/10.1590/%25xResumo
Os dois últimos séculos foram marcados pelo utilitarismo procurando, ‘absolutizar’ a economia de mercado e a sociedade de capitais. Essa naturalização inerente à modernidade, e periodicamente atualizada, que subtrai a economia do debate, limitou a dinâmica democrática. São essas relações entre democracia e economia que a primeira parte deste texto procura discutir, abordando as dificuldades do presente, com a idéia diretora que a ação pública, progressivamente, colocou-se na dependência da concepção dominante da economia. A segunda parte deste texto põe em evidência que a democratização recíproca da sociedade civil e das políticas públicas está associada a uma economia fundada na pluralidade dos princípios econômicos e das formas de propriedade. Na orla do século 21 aparece claramente que a democracia não saberia subsistir numa sociedade de mercado. Nosso futuro está ligado à possibilidade de uma economia plural com mercado, isto é, à capacidade de não subtrair mais as escolhas econômicas à deliberação cidadã.
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