Decolonialidade do saber: as ecologias dos saberes na produção do conhecimento

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1982-0259.2022.e84178

Palavras-chave:

Treinamento, Atleta, Força, Competição

Resumo

Este texto aborda a decolonialidade do saber, utilizando como recorte espacial os estudos pós-coloniais a partir de uma concepção do Sul Global. Por meio de uma pesquisa bibliográfica amparado sob método dialético, propõe-se repensar como as Ecologias de Saberes que nascem das lutas sociais constituem enquanto entes de produção de conhecimento e saberes locais que nascem desde um Sul Epistemológico e não mais geográfico. Como referencial teórico utiliza-se o pensamento de pensamento fronteiriço-abissal proposto por Boaventura de Sousa Santos (2010) enquanto via de decolonização epistêmica que permite-nos romper com os nós-estruturais e epistemológicos da modernidade ocidental. Ademais como subsídio de análise recorre ao pensamento de Walter Mignolo (2008, 2017) e Maldonado-Torres (2010) numa crítica às concepções dominantes da modernidade ligada as experiências coloniais e seus marcadores da diferenciação.

Biografia do Autor

Ronaldo Silva, Universidade Federal do Paraná

Doutorando em Direitos Humanos e Democracia pelo PPG de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Mestre pelo PPG Integração Contemporânea da América Latina (UNILA). Pesquisador-associado ao Centro de Estudos da Constituição – (CCONS-UFPR). Editor-Assistente do Centro Latino-Americano de Estudos em Cultura (CLAEC). E-mail: ronaldosilvars@hotmail.com 

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Publicado

2022-05-06