A divisão racial do trabalho como um ordenamento do racismo estrutural

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DOI:

https://doi.org/10.1590/1982-0259.2022.e84641

Resumo

Esse artigo situa a divisão racial do trabalho no capitalismo como uma categoria fundamental para analisar o racismo estrutural no mercado de trabalho assalariado. Assim, o presente artigo, com o objetivo de analisar a sedimentação da divisão racial do trabalho na formação social brasileira, parte da compreensão de que os elementos do complexo escravismo – modo de produção, escravizado e trabalho – são bases da formação do capitalismo e do racismo desenvolvidos no Brasil. A partir de pesquisa bibliográfica, documental e banco de dados, utilizando o método materialista histórico-dialético, aborda como o racismo, enquanto elemento estrutural, é um indicador de discriminação e desigualdade na constituição do mercado de trabalho brasileiro. Esse conjunto de determinantes históricos contribuiu para a sedimentação da divisão racial do trabalho. Os efeitos nocivos dessa realidade para a vida da população negra são expressos nas mais variadas formas de discriminação, violência, desemprego, inserção em ocupações laborais precárias e pobreza.

Biografia do Autor

Leonardo Dias Alves, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Assistente Social, mestre em Política Social - PPGPS/UnB e doutorando em Serviço Social - PPGSS/UFRJ.

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Publicado

2022-05-06