Capitalismo e racismo: uma relação essencial para se entender o predomínio do racismo na sociedade brasileira

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.1590/1982-0259.2022.e84662

Palabras clave:

Arco longitudinal medial, Pé plano, Navicular drop test, Distribuição de pressão plantar, Medial longitudinal arch, Flat foot, Plantar pressure distribution.

Resumen

Esse artigo, utilizando a matriz marxista, através de pesquisa bibliográfica, demonstra que o racismo se torna uma das estruturas da sociedade brasileira por ser um dos elementos superestruturais do capitalismo brasileiro, favorecendo o processo de domínio e acumulação de capital da burguesia brasileira, na conjuntura marcada pelo Segundo e Terceiro Projeto de Identidade Nacional, compreendido entre meados do século XIX e meados do século XX.

Biografía del autor/a

Mário Souza, Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca

Doutorado em Educação pela Universidade Federal Fluminense (UFF).
Professor do Mestrado em Relações Étnico-Raciais do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso
Suckow da Fonseca (CEFET-RJ).

Citas

ALMEIDA, S. O que é racismo estrutural. Belo Horizonte: Letramento, 2018.

COSTA, E. V. Brasil: história, textos e contextos. São Paulo: Editora UNESP, 2015.

CRUZ, J. V.; BITTENCOURT, J. A. Manuel Bomfim e a América Latina: a dialética entre o passado e presente. Aracaju: Editora Diário Oficial, 2010.

DOMINGUES, P. Protagonismo Negro em São Paulo. São Paulo: Edições Sesc, 2016.

DOMINGUES, P. Uma história não contada: negro, racismo e branqueamento em São Paulo no pós-abolição. São Paulo: Senac, 2003.

FANON, F. Pele negra, máscara branca. Salvador: EDUFBA, 2008.

FANON, F. Racismo e cultura. In: MANUEL, J.; FAZZIO, G. L. (org.). Revolução Africana: uma antologia do pensamento marxista. São Paulo: Autonomia Literária, 2019. p. 65-79.

FAUSTO, B. História do Brasil. 13 ed. São Paulo: Edusp, 2009.

FERNANDES, F. A integração do negro na sociedade de classes: ensaio e interpretação sociológica. 5. ed. São Paulo: Globo, 2008. v. 1.

FRASER, N. O velho está morrendo e o novo não pode nascer. São Paulo: Autonomia Literária, 2020.

GUIMARÃES, A. S. Modernidades negras: a formação racial brasileira (1930-1970). São Paulo: Editora 34, 2021.

HELLER, A. O cotidiano e a História. São Paulo: Paz e Terra, 2011.

IANNI, O. Raças e classes sociais no Brasil. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 2004.

MARX, K.; ENGELS, F. Manifesto Comunista. São Paulo: Boitempo, 1998.

MARX, K. Contribuição à Crítica da Economia Política. 2. ed. São Paulo: Expressão Popular, 2008.

MONSMA, K. A Reprodução do racismo: fazendeiros, negros e imigrantes o oeste paulista, 1880-1914. São Carlos: EdUFSCar, 2016.

MOURA, C. Sociologia do Negro Brasileiro. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2020.

MUNANGA, K. As Ambiguidades do Racismo à Brasileira. In: KON, N. M.; SILVA, M. L.; ABUD, C. C. (org.). O racismo e o negro no Brasil: questões para a psicanálise. São Paulo: Perspectiva, 2017. p. 71-90.

MUNANGA, K. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra. Petrópolis: Vozes, 1999.

SCHWARCZ, L. M. O espetáculo das raças: Cientistas, Instituições e Questão Racial no Brasil (1870-1930). 6. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

WALLERSTEIN, I. As tensões ideológicas do capitalismo: universalismo versus racismo e sexismo. In: BALIBAR, É; WALLERSTEIN, I. Raça, nação, classe: as identidades ambíguas. São Paulo: Boitempo, 2021. p. 63-74.

WOOD, E. M. Democracia contra o capitalismo: a renovação do materialismo histórico. Tradução de Paulo Cezar Castanheira. São Paulo: Boitempo, 2006.

Publicado

2022-05-06