O bem viver no Brasil: uma análise da produção acadêmica nacional

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.1590/1982-0259.2023.e91555

Palabras clave:

Bem Viver, Sumak Kawsay, Descolonialidade, Povos Indígenas

Resumen

Nos últimos anos, o conceito de bem viver tem atraído interesse em diversos espaços, inclusive no meio acadêmico brasileiro. Assim, assumimos aqui o objetivo de sistematizar sentidos atribuídos à expressão bem viver, tomando como base de dados a publicação acadêmica em revistas científicas brasileiras, tendo-se em vista a concepção original equatoriana. Trata-se de revisão integrativa da literatura realizada mediante busca em bases de indexação de periódicos brasileiros (Periódicos Capes, Scielo e Spell). Como resultado, constatamos o avanço nas publicações sobre o tema no Brasil nos últimos quatro anos, com predominância de adesão à concepção original do sumak kawsay equatoriano. O tema segue por dois caminhos complementares: uso de bem viver a partir de estudos com povos indígenas brasileiros, validando a concepção original; e uso de bem viver sob perspectiva crítica da modernidade, estabelecendo diálogo conceitual com diversos temas que se alinham, de alguma forma, ao debate descolonial.

Biografía del autor/a

Eduardo Vivian da Cunha, Universidade Federal do Cariri (UFCA)

Pós-Doutorado em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Professor
Associado pela Universidade Federal do Cariri (UFCA), atuando nos curso de Administração Pública e
Gestão Social.

Washington Jose de Sousa, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Pós-Doutorado na Birmingham Business School, University of Birmingham. Professor Titular do
Departamento de Administração Pública e Gestão Social (DAPGS) da Universidade Federal do Rio Grande
do Norte.

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Publicado

2023-07-17